“O agronegócio é o propulsor da economia do nosso país”

Cerimônia de abertura da feira foi marcada por uma tônica de cobrança ao enfrentamento à estiagem e preservação dos recursos hídricos

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Cerimônia de abertura da feira foi marcada por uma tônica de cobrança ao enfrentamento à estiagem e preservação dos recursos hídricos. (Foto: Assessoria de Imprensa/Cotrijal)Cerimônia de abertura da feira foi marcada por uma tônica de cobrança ao enfrentamento à estiagem e preservação dos recursos hídricos. (Foto: Assessoria de Imprensa/Cotrijal)
Cerimônia de abertura da feira foi marcada por uma tônica de cobrança ao enfrentamento à estiagem e preservação dos recursos hídricos. (Foto: Assessoria de Imprensa/Cotrijal)
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Ainda que os primeiros visitantes foram chegando timidamente nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (7) ao parque de exposições em Não-Me-Toque, as imponentes bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul que tremulavam lado a lado davam as boas-vindas a todos que cruzavam o pórtico para caminhar pelos 84 hectares de área que abrigam os expositores da Expodireto Cotrijal.

A feira, que se perfila como uma das maiores do segmento do agronegócio, retornou após dois anos de adiamentos forçados em razão da crise sanitária da Covid-19 com uma tônica de cobrança ao enfrentamento à estiagem no território gaúcho, cuja crise hídrica já incide em 83% dos municípios do Estado, e preservação dos recursos naturais. “Neste ano, com todas as adversidades do clima e da questão cambial, o agronegócio não para e não vai parar nunca porque é propulsor da economia do nosso país”, ressaltou o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, na fala inaugural que reuniu autoridades políticas na manhã de segunda-feira (7).

Ao ser taxativo sobre a necessidade de “modernizar leis” e romper com entraves burocráticos, Manica pediu celeridade para “resolver os problemas do agro, da indústria, comércio, plantio, cadeia do leite, cadeia suína, produção animal e produção vegetal”.

Após o discurso do presidente da Cotrijal, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Valdeci Oliveira (PT), destacou a criação de uma Comissão Externa sobre a estiagem e o envio de uma “comitiva pluripartidária” para Brasília a fim de colocar a seca no Estado na pauta das representações políticas nacionais. “A estiagem no Rio Grande do Sul é cíclica e nós precisamos de uma política de convivência com a estiagem daqui para frente. Se não tivermos essa capacidade de compreensão, só vamos lembrar da estiagem quando ela vem. É necessário ter ela, permanentemente, como política preventiva”, considerou o parlamentar.

A preocupação com os impactos climáticos nas propriedades rurais gaúchas também foi pontuada pelo governador em exercício, Ranolfo Vieira Jr, ao mencionar a destinação de R$ 275,9 milhões através do programa Avançar na Agricultura, onde 73% do dinheiro se concentrou em obras para viabilizar a irrigação e abastecimento de água. “Não é a primeira estiagem que estamos a passar e não se pode abordar essa questão com ações pontuais. Temos que ter ações estruturantes”, ponderou Ranolfo.


Feira

Até sexta-feira (11), a Expodireto Cotrijal terá uma programação híbrida através da visitação aos estandes de forma presencial e atividades virtuais por meio da Expodireto Digital, cuja plataforma permite o acesso de forma remota às discussões que ocorrem dentro da Arena Agrodigital.

Com 550 expositores, que devem apresentar novas tecnologias em cultivares, fertilizantes, maquinários e avanços em pesquisa na área animal e vegetal, o pavilhão da Agricultura Familiar também se projeta como um dos espaços de maior circulação da feira. Neste ano, 197 produtores, de 122 municípios, colocaram os produtos alimentícios produzidos na agricultura familiar à disposição dos visitantes em que 70% dos produtos comercializados são de agroindústrias familiares inclusas no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf), além de artesanato, plantas e flores.

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