Plantio da canola é concluído e plantas apresentam boa sanidade

Culturas de inverno se encaminham para o final da semeadura no Estado

Por
· 3 min de leitura
Foto: Deise FroelichFoto: Deise Froelich
Foto: Deise Froelich
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A semeadura da canola nas principais regiões produtoras foi concluída. A estimativa de cultivo de canola no Estado para a safra 2022 é de 48.457 hectares. A produtividade estimada é de 1.885 kg/ha, segundo o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (21/07) pela Emater/RS-Ascar.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a retomada das chuvas propiciou a execução da adubação nitrogenada em cobertura, que estava aguardando melhores condições de umidade no solo. Em parte das lavouras, foi necessário o controle de plantas invasoras, principalmente o azevém. Houve relatos de danos isolados de lavouras com ataque de Corós, causando amarelecimento e morte de plantas, mas, de modo geral, não se observou, até o momento, nenhum evento significativo que altere a expectativa inicial de produtividade para a cultura.

Na região de Santa Rosa, as lavouras de canola encontram-se 51% em desenvolvimento vegetativo, 34% em floração, e 15% em formação do grão. O aspecto das lavouras é adequado, com boa sanidade das plantas. A maior parte das lavouras já recebeu a cobertura de ureia, e o controle da lagarta traça das crucíferas (Plutella xylostella) foi eficiente. Em São Luiz Gonzaga, foi verificado prejuízo em algumas lavouras devido às chuvas em excesso, e algumas áreas foram afetadas por geadas, sendo que alguns agricultores acionaram a cobertura do Proagro. No entanto, esses cultivos seguem monitorados em função da possibilidade de recuperação característica da cultura.

 

CULTURAS DE INVERNO

Trigo

A cultura está em fase final de semeadura. A estimativa de cultivo no Estado para a safra 2022 é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha. De modo geral, no período entre 11 e 17 de julho, o excesso de umidade nas lavouras proporcionou poucos momentos possíveis de acesso para a semeadura ou tratos culturais. A estimativa atual de implantação é de 90% na média estadual. Há expectativa de que a área projetada seja semeada até o final do mês de julho. Contudo, houve atrasos e dificuldades de plantio nas regiões da Campanha, Campos de Cima da Serra, Centro e Sul do Estado, onde a recorrência de chuvas impediu a progressão da operação.

Parte dos cultivos apresenta falhas de estande devido ao excesso de umidade no solo pós-semeadura, situação que pode ser parcialmente compensada pelo estímulo ao perfilhamento com aporte de nitrogênio. Os produtores com lavouras bem estabelecidas estão animados com o potencial produtivo e os preços elevados, programando uma nova aplicação nitrogenada para a fase de alongamento.

No aspecto fitossanitário, houve problemas pontuais com a incidência de insetos e pragas. Não houve relatos de doenças, mas o clima úmido demanda atenção para o risco de ocorrência de manchas foliares, especialmente nas lavouras onde foi cultivado trigo na safra de inverno anterior.


Cevada

A estimativa de cultivo de cevada no Estado para a safra 2022 é de 36.727 hectares. A produtividade estimada é de 2.958 kg/ha.


Aveia branca grãos

A estimativa de cultivo de aveia branca no Estado para a safra 2022 é de 392.507 hectares. A produtividade estimada é de 2.217 kg/ha. A cultura está em implantação, com semeadura prejudicada pela recorrência de chuvas na região Central do Estado.

 

BOVINOCULTURA DE CORTE

Observou-se a redução na condição corporal do rebanho bovino mantido exclusivamente em áreas de campo nativo. Onde foi possível realizar o ajuste de carga, com diminuição de animais, as perdas foram minimizadas, porém o tempo com condições adversas desde o início do inverno impactou de forma severa a oferta de forragem, implicando na necessidade de suplementação alimentar para manter o peso dos animais.

 

OVINOCULTURA

O rebanho está em fase de parição de matrizes. A recorrência de chuvas tem causado estresse nos rebanhos ovinos que não dispõem de abrigos adequados para tais condições. Os animais que já perdem estado corporal com a redução na oferta de forragens enfrentam adversidades mais significativas para aqueles que estão com a lã alta, pois com o umedecimento esses animais ficam mais pesados e, em consequência, há grande dificuldade na locomoção. De maneira geral, o estado corporal do rebanho é mais afetado nas propriedades com lotações elevadas. Os animais que estão em pastagens cultivadas estão em melhores condições. O monitoramento do rebanho foi constante devido ao período prolongado com solo úmido, que pode causar problemas nos cascos, especialmente em animais que buscam áreas de várzeas para forrageamento.

 

APICULTURA

Os apicultores continuam realizando atividades de manutenção da temperatura interna das colmeias com protetores de alvado, monitoramento dos estoques de alimentos das colmeias – alguns fornecem suplementação –, roçadas nos apiários e acessos, consertos e substituição de caixilhos por novos com cera alveolada, controle da pilhagem e de predadores.


Fonte: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar

Gostou? Compartilhe