Com 23% das lavouras de soja no Rio Grande do Sul na fase de enchimento de grãos, as chuvas, localizadas e desuniformes, associadas a elevadas temperaturas, trazem consequências negativas para o balanço hídrico da cultura e criam disparidades nas condições das lavouras. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado no último dia 8 pela Emater/RS-Ascar, em regiões onde não choveu o suficiente, como no Noroeste do Estado, há sinais de estresse hídrico, que pode afetar o potencial produtivo. As plantas exibem sintomas de murchamento, expondo a face inferior das folhas em direção aos raios solares, que causa queimaduras nessas partes. Observa-se também o início do processo de desprendimento das folhas mais baixas nas lavouras mais afetadas pelo déficit hídrico, as quais apresentam rápido amarelecimento e senescência.
Entretanto, nas áreas que receberam volumes pluviométricos mais significativos ou intermediários, a situação das lavouras de soja é satisfatória, com as plantas emitindo brotações, com estatura em conformidade com a fase fenológica em que se encontram, o que sugere resultados produtivos alinhados às projeções estabelecidas inicialmente.
Ferrugem-asiática
Quanto ao manejo fitossanitário, a atenção principal tem sido direcionada à ferrugem-asiática. As altas precipitações no início do ciclo da cultura beneficiaram o desenvolvimento da doença. Apesar da baixa umidade nas últimas semanas, o que retarda o avanço da doença, permanecem o monitoramento e a aplicação do protocolo de controle preventivo.
Milho
A colheita das lavouras de milho foi intensificada, favorecida pela estabilidade atmosférica, pela presença significativa de sol e pela elevação das temperaturas no transcorrer do dia. O decréscimo na umidade relativa do ar propiciou a colheita dos grãos, cujo teor de umidade varia entre 18% e 22%. Essa faixa é considerada adequada e tem resultado em menor quebra de grãos e em debulha mais eficiente na espiga. A área colhida evoluiu 11% e alcançou 52% da cultivada.