Rio Grande do Sul registra foco de gripe aviária em aves silvestres

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Animal infectado foi encontrado em estação ecológica no sul do estado (Foto: J. Patrick Fischer/Wikipedia)Animal infectado foi encontrado em estação ecológica no sul do estado (Foto: J. Patrick Fischer/Wikipedia)
Animal infectado foi encontrado em estação ecológica no sul do estado (Foto: J. Patrick Fischer/Wikipedia)
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A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), confirmou, na segunda-feira (29), a detecção de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em aves silvestres localizadas próximas à Lagoa da Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar. É o primeiro caso no Rio Grande do Sul desde a chegada do vírus na América do Sul e no Brasil.

A Seapi reforça que a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não afeta a condição do Estado e do país como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), não impactando o comércio de produtos avícolas. Não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo.

O vírus foi identificado em aves marinhas da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto. A notificação de animais mortos ou doentes foi atendida pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) e as amostras colhidas foram enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), que confirmaram a doença.


Doença viral

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. As medidas e procedimentos previstos no Plano de Contingência para Influenza Aviária continuam sendo aplicados pelo SVO incluindo o estabelecimento das zonas de proteção e vigilância. Cinco equipes de vigilância da Secretaria atuam na região. Até o momento foram visitadas 74 propriedades rurais, localizadas no raio de 10 km do local, para investigação clínica e epidemiológica, além de orientações à população da área e sensibilização para a notificação de suspeitas em aves domésticas. Nenhum caso suspeito em aves domésticas foi detectado. Essas ações visam limitar a ocorrência e evitar a disseminação da doença para outras áreas.

"A vigilância sanitária animal está estruturada e conta com servidores capacitados e comprometidos, realizando suas ações conforme os protocolos sanitários vigentes. Isso compreende uma averiguação em toda a área de vigilância onde os focos foram localizados, para monitorar e encontrar novas aves que possam estar contaminadas, bem como vigilância e atendimento a notificações de suspeitas nas demais regiões do Estado. Também reforçamos o alerta ao setor produtivo avícola do Estado para que sejam reforçadas todas as medidas de biosseguridade das granjas", afirma a diretora do DDA, Rosane Collares.

A Seapi intensificou as ações de vigilância ativa e passiva visando a detecção precoce de uma potencial introdução de IAAP. De janeiro a maio deste ano, foram realizadas 2.295 ações de vigilância ativa no Rio Grande do Sul, com observação de 1,82 milhões de aves. No mesmo período, a Secretaria contabiliza 1.680 ações de educação sanitária sobre a enfermidade, atingindo um público estimado de 949 mil pessoas.

Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou através do Whatsapp (51) 98445-2033.

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