Emater apresenta as vantagens da Bubalinocultura na Expointer

Rebanhos de búfalos no RS é de aproximadamene 50 mil cabeças

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 A carne do búfalo  tem 55% menos colesterol, 40% menos calorias e 12 vezes menos gordura, quando comparada à do bovino. A carne do búfalo  tem 55% menos colesterol, 40% menos calorias e 12 vezes menos gordura, quando comparada à do bovino.
A carne do búfalo tem 55% menos colesterol, 40% menos calorias e 12 vezes menos gordura, quando comparada à do bovino.
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Uma das novidades do espaço da Emater/RS-Ascar na Expointer 2023 é a Bubalinocultura, ou seja, a criação de búfalos, que tem aumentado a cada ano, assim como o número de produtores. Cada vez mais, a Bubalinocultura é conhecida e reconhecida nos campos, pelo fácil manejo, e na gastronomia, pelos diferenciais da carne e do leite de búfalo. Além de ser considerado um animal de dupla aptidão (serve tanto para carne como para leite), o búfalo é um animal de tração, permitindo inclusive para montaria, pela sua docilidade.

Um desses búfalos, que chama atenção pela docilidade e pode ser montado, é o Búfalo Soberano, cedido pelo casal de pecuaristas de Nova Hartz, Marcos e Marinalda Bottega, que mantém uma criação de búfalos em Araricá. As outras três fêmeas de búfalos (Fernanda, Charlote e Clarinha), expostas na temática Pecuária Familiar da Emater/RS-Ascar na Expointer, foram cedidas pela criadora e médica-veterinária Desireé Hastenpflug Möller, residente em Viamão e primeira mulher a presidir a Associação Sulina de Criadores de Búfalos (Ascribu) para a gestão 2021/2025.

A Ascribu tem hoje com 70 sócios. “A vantagem de ser associado é o trabalho que a gente faz na divulgação dos produtos”, avalia Desireé, ao dizer que cria búfalos das raças Mediterrânea e Murrah desde 2018.

“Apesar de existirem 19 raças de búfalos no mundo, no Brasil temos apenas quatro: Mediterrânea, Murrah, Jafarabadi e Carabao”, destaca a criadora, ao avaliar que o Brasil tem uma média de três milhões de cabeças de búfalos, o que representa 1% do rebanho brasileiro. O Pará é estado brasileiro com mais criadores de búfalos.

Segundo ela, no Rio Grande do Sul, os rebanhos de búfalos também têm aumentado e hoje são em torno de 50 mil cabeças, o que reapresenta meio por cento do rebanho gaúcho de bovinos e bubalinos, dado este que não enquadra ovinos e caprinos. Aqui no Estado, a criação de búfalos é bem dividida e é possível encontrar grandes criações desde Uruguaiana até Camaquã. Atualmente são 600 criadores no RS, sendo que Viamão, na Região Metropolitana, é o município com maior número de criadores. São 35 no total, embora o número de animais seja pequeno: 1.500.

 

VANTAGENS

Os búfalos têm um sistema gastrointestinal mais favorável do que o dos bovinos, pois conseguem aproveitar melhor até mesmo a fibra grosseira das pastagens. “Então até com uma macega, um capim annoni, o búfalo consegue reverter isso em peso”, avalia Desireé, ao observar que no quesito ganho de peso o búfalo é mais rápido quando comparado ao bovino.

Quanto à parte sanitária, os búfalos têm praticamente as mesmas doenças dos bovinos, só são mais resistentes e praticamente imunes aos carrapatos. Assim, o uso de carrapaticida é muito baixo ou, em algumas propriedades, inexistentes.

 

Carne magra com maior rendimento leiteiro

A carne do búfalo é uma das características que tem chamado a atenção, tanto dos criadores como dos consumidores, pois tem 55% menos colesterol, 40% menos calorias e 12 vezes menos gordura, quando comparada à do bovino.

Quanto ao leite, a principal vantagem é no rendimento, pois apresenta o dobro do teor sólido do leite. “No bovino, por exemplo, a gente precisa de dez litros de leite para produzir um quilo de queijo. Já no búfalo, com cinco litros tu produz o mesmo quilo de queijo”, ressalta Desireé, ao citar a burrata e a mussarela como os queijos considerados clássicos a partir do leite de búfalas, apesar de hoje em dia serem vendidos queijos de coalho, provolone, provoleta e frescal, todos a partir do leite de búfalas, “que é teoricamente mais magro, com menos calorias e mais cálcio e ferro do que o do bovino”.

O couro do búfalo também tem boa aceitação no mercado, principalmente pela indústria automobilística europeia. “Os carros classe A têm os bancos de couro feitos com couro de búfalo”, informa a criadora.

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