Chuva prejudica produção de alimentos no interior de Passo Fundo

Defesa Civil registrou alagamentos em diferentes pontos da cidade

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Foram registrados alagamentos em alguns pontos da cidadeForam registrados alagamentos em alguns pontos da cidade
Foram registrados alagamentos em alguns pontos da cidade
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Os passo-fundenses estão enfrentando novamente uma semana com o tempo instável e altos volumes de chuva. 

De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Jair Leandro Maffi, foram registrados alguns pontos de alagamento na segunda-feira, (17). Em 24 horas, o volume de chuva ultrapassou 118 milímetros.

“A previsão é da semana toda com chuva, com algum volume, nossa preocupação é que o solo já está encharcado, então estamos em alerta todo o pessoal da Defesa Civil. Todos os secretários estão de sobreaviso, caso necessário acionamos as secretaria, seja a Secretaria de Obras, de Serviços Gerais, o pessoal da poda, os eletricistas, pessoal do semáforo, agentes de trânsito para o caso de fechamento de rua, então todos estamos em prontidão”, disse.

Conforme Maffi, a Defesa Civil mantém o monitoramento do volume dos rios na cidade também.

“Vistoriamos alguns pontos de alagamentos porque a chuva foi forte em um curto espaço de tempo na segunda, mas depois que acalmou, ficou dentro de uma normalidade. Na noite para amanhecer terça-feira tivemos um chamado no bairro Zachia, mas os moradores não precisaram sair de suas residências, continuamos alertas para atender qualquer chamado”, pontuou.

Produção de alimentos

O grande volume de chuva já vem tendo reflexos na agricultura. De acordo com o agricultor presidente da Feira do Produtor da Gare¸ Mércio Tarcísio Michel, de forma geral toda a produção já está afetada. “As lavouras de grãos o pessoal não consegue colher e fazer o tratamento adequado. Da nossa parte de hortifrúti, dos citros, caiu quase que toda a floração, porque a floração já se deu em uma semana chuvosa, então eu acredito que vai ficar bem pouca fruta, como laranja, bergamota, limão, tangerina, essas coisas”, disse.

Segundo Mércio, na parte de hortaliças já houve uma queda na produção e na qualidade na última semana. “Nessa semana vamos ter um pouco mais de queda porque estamos acabando de colher o que havia sido plantado há dois meses, uns 50 dias atrás, então estamos terminando de colher essas culturas. Hoje a produção mais afetada é de folhosas, como alface, radicci, couve-flor, brócolis, repolho. Isso está sendo muito afetado principalmente quem tem produção campo aberto, não tem produção de estufa”, comentou.

 Para os agricultores que produzem hortaliças fora de estufas, o prejuízo é maior. “Quem produz em campo aberto não consegue preparar o solo, preparar o canteiro, fazer a adubação, porque o chão não enxuga, as plantas que foram plantadas há poucos dias não estão desenvolvendo porque o solo está muito encharcado, muita umidade, a planta não consegue respirar”, explica.

O presidente da Feira conta ainda que agricultores que plantaram há cerca de 40 dias, melancia e melão observam que as frutas não estão se desenvolvendo. “Dentro das estufas nós temos plantado o tomatinho, o tomate gaúcho que está desenvolvendo até, mas a alface e a rúcula, essas estão bastante prejudicadas, o tronco delas, porque procuram o sol e está tendo muito poucos dias de sol, pois temos tido 4 ou 5 dias de chuva, e um dia e meio de sol, e isso é muito pouco. Sempre digo que a gente tendo água em estoque, em uma estiagem é muito bom para produzir e esses alimentos de hortaliças, porque conseguimos colocar água no momento que a planta precisa, agora, se tiver excesso de água, como agora, não temos como tirar a água, e a planta acaba não desenvolvendo”, finalizou.

 


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