Área plantada de canola dobra na região de Passo Fundo

Produtores da região percebem nesta oleaginosa uma alternativa economicamente atraente para os cultivos de inverno

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Foto: Marcos Minosso/Divulgação/ON Foto: Marcos Minosso/Divulgação/ON
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A região de Passo Fundo está acompanhando um crescimento expressivo na área plantada com canola neste ano, mais que dobrando em comparação ao ano passado. De acordo com Dartanhã Luiz Vecchi, Gerente Regional da Emater/RS-Ascar Passo Fundo, a área destinada ao cultivo de canola saltou de 1.389 para 3.003 hectares. Ele destaca que nem todos os municípios da região apresentam áreas plantadas desta cultivar, pois as lavouras estão distribuídas em 17 dos 42 municípios que compõem a Regional da Emater.

Vecchi destacou que, neste momento, as lavouras de canola que forma implantadas na região, estão em fase de desenvolvimento vegetativo, sendo que este produto surge como uma alternativa promissora para os produtores rurais durante o inverno.

A canola, além de ser uma cultura de inverno viável relacionada à cobertura do solo, oferece a possibilidade de extração de óleo para a produção de biocombustíveis. Nos últimos anos, houve um avanço significativo na disponibilidade de materiais genéticos melhorados, o que facilitou o cultivo dessa planta. “Hoje nós temos materiais genéticos melhorados disponíveis, então também melhorou muito a condição para implantar lavouras de canola comparado ao passado, onde não se tinha materiais genéticos, não se tinham defensivos, herbicidas, para manejo da cultura da canola”, afirmou Vecchi.

Preço competitivo

Outro fator que atrai os produtores para o cultivo de canola é o preço competitivo. Vecchi acredita que o valor de mercado da canola seja um dos principais motivadores para os produtores investirem nessa cultura de inverno. “Acredito que sim, que o preço também seria um dos fatores que atraem o produtor para trabalhar essa alternativa de cultura de inverno”, concluiu.

Segundo o informativo conjuntural da Emater/Ascar, as lavouras, em geral, estão bem implantadas e passam por fases distintas de desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. As condições climáticas recentes, especialmente no começo deste mês, como baixas temperaturas e alta umidade, têm gerado preocupação em algumas áreas, afetando o desenvolvimento e a produção esperada.

A geada recente afetou algumas lavouras de maneira localizada, mas os danos ainda serão avaliados. Não foram registrados prejuízos severos de maneira generalizada.

A saca com 60 quilos de canola está sendo comercializada a um preço médio de R$ 103,00, com uma pequena variação, dependo da região do Rio Grande do Sul.


Outras Regiões do RS

Frederico Westphalen - Os 2.373 hectares destinados à cultura apresentam bom desenvolvimento; a expectativa de produtividade atual é de 1.752 kg/ha. Cerca de 80% da área encontra-se em estágio vegetativo e 20% em fase de florescimento. Apesar da emissão satisfatória das síliquas, há preocupação em relação aos efeitos das baixas temperaturas, à limitada radiação e à alta umidade.

Ijuí - O desenvolvimento das lavouras implantadas em abril e maio está melhorando, e há boa emissão de ramos laterais. Porém, nas lavouras mais tardias, as plantas apresentam coloração amarelada, sistema radicular pouco desenvolvido, baixo porte, há casos de tombamento. O aumento da germinação de azevém tem sido um desafio.

Santa Maria - As plantas estão na fase de desenvolvimento vegetativo. A área prevista é de 29.326 hectares. Apesar das geadas, não houve danos significativos, mas algumas áreas apresentam estande de plantas abaixo do ideal devido a problemas de germinação, causados por excesso de umidade e solos erodidos.

Santa Rosa - A área cultivada foi revisada para cima após reuniões municipais, alcançando 52.324 hectares na região, o que representa um aumento de 56% em relação à safra anterior. As lavouras estão distribuídas nos seguintes estádios fenológicos: 74% em desenvolvimento vegetativo, 21% em floração e 5% na fase de enchimento de grãos.

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