“Construímos nossa tão sonhada casa, que vamos pagar em 25 anos. Todo mês temos que pagar água, luz e todos os contratempos que uma casa tem. Além disso, pagaremos dois empréstimos durante os próximos três anos que fizemos para fechar a casa e tentar ter um pouco mais de segurança. A ocupação existente na rua Princesa Isabel já tem cerca de três meses. Além de ter desvalorizado o local, de ser injusto com quem paga para ter seus bens, eles incomodam. É som ligado o dia todo. O engraçado é que todos tem carrões e som potente. Para ter nossa casa tivemos que vender nosso carro, porque não podem fazer o mesmo? Fora a insegurança. Aqui é um lugar seguro e tranquilo e agora é gritaria, uma confusão”. Depoimento de um morador das imediações do bairro São Luiz Gonzaga, que afirma estar sofrendo com a insegurança e o barulho feito pelos integrantes da ocupação, em uma área particular, na rua Princesa Isabel.
Posição da Secretaria Municipal de Habitação
O secretário João Campos informou que a área ocupada é particular, portanto não é responsabilidade da Prefeitura de Passo Fundo. Campos informou que a equipe da Secretaria já esteve no local. A minoria dos ocupantes possuía cadastro para habitação e, portanto, foi solicitado que eles procurassem a Secretaria para efetuar o cadastro, mas poucos apareceram. De acordo com o secretário, o proprietário da área já teria solicitado a reintegração de posse e o processo tramita na Justiça. Passo Fundo possui atualmente cerca de 40 ocupações, entre novas e antigas, e o déficit habitacional, conforme cadastro na Secretaria, é de 10 mil famílias.