O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (18) que a Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah) pode precisar de pelo menos mais mil homens.
Os militares deverão ajudar a conter principalmente a onda de violência que atingiu o país depois do terremoto de terça-feira (12), que provocou a fuga de detentos e fortaleceu atuação de gangues nas favelas de Porto Príncipe, capital haitiana. O país enfrenta hoje uma onda de saques em supermercados e armazéns e há uma disputa desesperada por água e comida entre os haitianos.
“A necessidade mais imediata seria do aumento do contingente total, com cerca de 800 militares e provavelmente mais 300 ou 400 policiais”, disse Amorim, após encontro com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, no Palácio da Cidade, no bairro de Botafogo. “Vivemos uma situação humanitária complexa, que tem repercussões na área de segurança”, completou.
De acordo com o ministro, estão no Haiti cerca de 8 mil militares, sendo 2 mil policiais, sob o comando da Minustah. O contingente brasileiro é formado por 1.300 homens.
Amorim disse que a decisão de convocar mais homens para a missão de paz pode ser tomada hoje, em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas. As novas tropas não serão necessariamente de brasileiros. “Mandar ou não mandar mais gente não envolve o Brasil. Essa é outra decisão que podemos tomar”, concluiu o ministro.
Agência Brasil