Serra e Lula evitam temas políticos e recorrem a brincadeiras sobre futebol

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Ao lado do governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, e um dia após determinar a sua equipe ministerial que evite “o jogo rasteiro” na campanha de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou distensionar a troca de acusações entre petistas e tucanos dos últimos dias.  Na cerimônia de inauguração das novas instalações da fábrica Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Itapira (SP), Serra e Lula, nos discursos, deixaram de lado a política para dar espaço à disputa futebolística.

Quem iniciou a provocação ao presidente corintiano foi o próprio José Serra, torcedor declarado do Palmeiras. Logo no início do discurso, disse ter sido informado que, no município, eram raros os torcedores do seu time e que a cidade dividia-se entre corintianos e são paulinos. Inconformado, o governador provocou a plateia para confirmar sua informação.

“Vocês vejam que o governador não pode ser perfeito”, reagiu José Serra, para logo engatar um discurso sobre a necessidade de investimentos no setor de pesquisa e produção de medicamentos e apresentar dados sobre a formação e qualificação de pessoal neste setor.

Lula, por sua vez, aproveitou a grande presença de torcedores do Corinthians e do São Paulo entre os presentes e não perdoou o governador palmeirense. “Foi Deus que botou na cabeça do Temporão a ideia de me convidar para vir aqui hoje. Não tem nada mais importante para um corintiano do que ver um palmeirense perceber que tem tão pouco palmeirense aqui e maioria corintiana. Serra, já ganhei o dia hoje aqui”, afirmou.

As brincadeiras em clima de descontração ocorrem um dia após o presidente fazer duras críticas aos tucanos, em especial ao presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), por declarações feitas à imprensa a respeito da ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff. Na reunião ministerial de ontem, Lula chegou a afirmar que “todos já viram o que é jogo rasteiro” e que a campanha presidencial deve ser “plebiscitária”, ou seja, debate de projetos e ideias.

Agência Brasil

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