O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer retomar o diálogo com o governo de Honduras e considera importante o retorno do país à Organização dos Estados Americanos (OEA), segundo o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach.
De acordo com Baumbach, Lula defende também o retorno do ex-presidente, Manuel Zelaya, que está abrigado em Costa Rica. Para Lula, a volta de Zelaya a Honduras seria uma das possibilidades para a reconciliação nacional.
“Continuamos tendo uma embaixada lá [em Tegucigalpa, capital de Honduras], mas o diálogo está, de certa forma, interrompido e o presidente quer, sim, retomar esse diálogo. Ele acha importante”, disse o porta-voz.
A questão de Honduras será tratada de domingo (21) a terça-feira (23), durante as reuniões da Cúpula da América Latina e do Caribe e do Grupo do Rio, em Cancún, no México. Segundo Baumbach, Lula é favorável que se busquem soluções à crise causada pelo golpe de Estado em Honduras para evitar precedentes e novas ameaças a movimentos golpistas na América Latina.
“O presidente Lula não quer que perdure uma situação de ruptura do diálogo com o governo hondurenho. Neste sentido, o presidente continua, claro, preocupado com a questão do precedente de ruptura institucional, mas acha importante o retorno de Honduras à OEA.”
Baumbach partilha da opinião de que a volta de Zelaya colaborará para a reconciliação no país. “É claro necessitam ser tomadas medidas internas, como a constituição de uma Comissão de Verdade [que irá investigar os acontecimentos ocorridos durante o golpe de Estado] e seria bom o retorno do ex-presidente Zelaya ao país para que pudesse ser feita uma reconciliação nacional”.
O porta-voz afirmou que Lula não levará propostas concreta sobre o tema, mas aproveitará a presença de vários presidentes da República para propor o debate e partir para a construção do diálogo com Honduras.
O golpe de Estado em Honduras, em 28 de junho de 2009, foi resultado de um conjunto de forças formado por integrantes das Forças Armadas, do Congresso Nacional e da Suprema Corte. Zelaya foi deposto e deixou o país. Depois, em 21 de setembro, retornou a Honduras e ficou abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa por mais de três meses.
O Brasil condenou o golpe, rechaçando o episódio e definindo-o como um atentado às forças democráticas. Para o governo brasileiro, as eleições que deram vitória a “Pepe” Lobo só poderiam ser reconhecidas como legítimas se tivessem ocorrido com a restituição de Zelaya ao poder. No entanto, isso não ocorreu, e o processo foi conduzido pelo então presidente Roberto Micheletti – que ocupou o cargo interinamente desde o golpe até as eleições.
Com informações da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer retomar o diálogo com o governo de Honduras e considera importante o retorno do país à Organização dos Estados Americanos (OEA), segundo o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach.
De acordo com Baumbach, Lula defende também o retorno do ex-presidente, Manuel Zelaya, que está abrigado em Costa Rica. Para Lula, a volta de Zelaya a Honduras seria uma das possibilidades para a reconciliação nacional.
“Continuamos tendo uma embaixada lá [em Tegucigalpa, capital de Honduras], mas o diálogo está, de certa forma, interrompido e o presidente quer, sim, retomar esse diálogo. Ele acha importante”, disse o porta-voz.
A questão de Honduras será tratada de domingo (21) a terça-feira (23), durante as reuniões da Cúpula da América Latina e do Caribe e do Grupo do Rio, em Cancún, no México. Segundo Baumbach, Lula é favorável que se busquem soluções à crise causada pelo golpe de Estado em Honduras para evitar precedentes e novas ameaças a movimentos golpistas na América Latina.
“O presidente Lula não quer que perdure uma situação de ruptura do diálogo com o governo hondurenho. Neste sentido, o presidente continua, claro, preocupado com a questão do precedente de ruptura institucional, mas acha importante o retorno de Honduras à OEA.”
Baumbach partilha da opinião de que a volta de Zelaya colaborará para a reconciliação no país. “É claro necessitam ser tomadas medidas internas, como a constituição de uma Comissão de Verdade [que irá investigar os acontecimentos ocorridos durante o golpe de Estado] e seria bom o retorno do ex-presidente Zelaya ao país para que pudesse ser feita uma reconciliação nacional”.
O porta-voz afirmou que Lula não levará propostas concreta sobre o tema, mas aproveitará a presença de vários presidentes da República para propor o debate e partir para a construção do diálogo com Honduras.
O golpe de Estado em Honduras, em 28 de junho de 2009, foi resultado de um conjunto de forças formado por integrantes das Forças Armadas, do Congresso Nacional e da Suprema Corte. Zelaya foi deposto e deixou o país. Depois, em 21 de setembro, retornou a Honduras e ficou abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa por mais de três meses.
O Brasil condenou o golpe, rechaçando o episódio e definindo-o como um atentado às forças democráticas. Para o governo brasileiro, as eleições que deram vitória a “Pepe” Lobo só poderiam ser reconhecidas como legítimas se tivessem ocorrido com a restituição de Zelaya ao poder. No entanto, isso não ocorreu, e o processo foi conduzido pelo então presidente Roberto Micheletti – que ocupou o cargo interinamente desde o golpe até as eleições.