MEC confirma vazamento de dados de quase 12 milhões de inscritos no Enem

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O Ministério da Educação confirmou hoje (4) o vazamento de dados de 11,7 milhões de estudantes que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2007 e 2009. Informações como o nome completo do aluno, o número da inscrição, a carteira de identidade, o CPF e o nome completo da mãe do candidato ficaram com acesso livre na tarde de ontem (3).

De acordo com a nota publicada hoje de manhã, os dados dos inscritos ficam armazenados em banco do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e são colocados em uma área reservada do site, liberada apenas para as instituições de ensino superior e secretarias de Educação que solicitarem as informações.

A divulgação indevida dos dados de 12 milhões de participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorreu por uma “fragilidade no sistema”, de acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Joaquim Soares Neto. Segundo ele, o problema já foi corrigido e os dados já estão em sigilo.

Segundo matéria publicada hoje (4) pelo jornal O Estado de S. Paulo, informações pessoais dos participantes das edições do Enem de 2007, 2008 e 2009 podiam ser acessados pelo site do Inep. Mas, de acordo com Neto, o acesso a esses dados é reservado às instituições de ensino que usam a nota do exame como critério de seleção e só podem ser consultados por meio de senha.

Mas, após o acesso à página com os dados de inscrição do candidato, o link pôde ser copiado e aberto em outros computadores sem a necessidade da senha. Segundo Neto, uma instituição deve ter repassado o link ao jornalista do Estado de S. Paulo. “Foi uma fragilidade no sistema de segurança porque você poderia ter acesso aos links sem ter a senha”, disse. De acordo com o presidente do instituto, seria impossível chegar a esses links sem acessar a área reservada e o problema já foi corrigido.

No ano passado, o Enem foi cancelado às vésperas da sua realização porque a prova foi roubada de dentro da gráfica que imprimia o material. Toda o esquema de aplicação da prova teve que ser remodelado. O exame foi aplicado dois meses depois com um índice recorde de abstenção. Na avaliação de Neto, essa nova falha no sistema não compromete a credibilidade do órgão ou do próximo exame, que será realizado em novembro.

“O Inep está com uma estrutura bastante grande de segurança, estamos investindo muito nisso. [Esse problema] não afeta de forma alguma a credibilidade do Enem”, disse.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), ficaram disponíveis nos links desprotegidos o nome completo, o CPF, a carteira de identidade, o número de inscrição do Enem e nome da mãe do participante. Para obter a senha, a instituição teve que assinar um termo se comprometendo a não divulgar os dados. Neto afirmou que as responsabilidades estão sendo apuradas e é “prematuro” dizer quais serão as consequências no caso de um vazamento.

Com informações da Agência Brasil

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