O ministro do Esporte, Orlando Silva, voltou a defender nesta terça-feira (5) a desburocratização do processo licitatório para contratação de empresas e serviços para as obras da Copa do Mundo de 2014. Dizendo-se otimista em relação ao cumprimento de prazos, o ministro disse que a medida, que incluiria alterações na Lei de Licitações (8666), ampliaria a margem de segurança para entrega dos equipamentos.
Segundo Orlando Silva, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende reenviar ao Congresso Nacional uma medida provisória (MP) prevendo a mudança.
“Existe um cronograma estabelecido pelos responsáveis que nos dá garantia de que as obras serão entregues nos prazos definidos, e eu levo em conta isso. Agora, eu conheço a legislação do Brasil e sei que ela dá margem a muitos recursos, o que protela o processo de contratação e execução."
O ministro dise que é preciso ser mais rápido e ressaltou que essa é a razão da proposta de ajustar e simplificar a contratação dos serviços para os Jogos Olímpicos e a Copa, principalmente no que diz respeito aos aeroportos. "Pode ser excesso de cautela de minha parte”, afirmou Silva, ao participar de um fórum sobre os desafios para a cidade com a realização dos eventos esportivos.
Ele disse que não está preocupado com a questão da segurança pública e descartou o uso das Forças Armadas nessa tarefa, que ficará a cargo das polícias Militar, Civil e Federal. Segundo o ministro, será um trabalho conjunto.
O ministro informou ainda que será lançado nas próximas semanas o plano de segurança para a Copa, que será coordenando pelo Ministério da Justiça em parceria com as cidades-sede dos jogos. Segundo Silva, entre as medidas previstas estão o reaparaelhamento das polícias, a construção de 12 centros de comando e controle, investimentos em inteligência, além de uma bolsa para os policiais.
Ainda durante o evento, Orlando Silva mostrou-se confiante na capacidade da cidade de São Paulo “fazer o seu dever de casa” e garantir a infraestrutura necessária para receber o jogo de abertura da Copa do Mundo. Segundo ele, isso envolve a ampliação do projeto apresentado pelo Corinthians, que prevê a construção de um estádio com capacidade para 48 mil pessoas. A Fifa exige capacidade mínima de 60 mil lugares.
"Não é possível que a maior cidade do Brasil não consiga estruturar um estádio de futebol para participar de um evento como a Copa do Mundo. Não ter essa infraestrutra seria inexplicável", afirmou Silva, mostrando-se seguro de que o governo do estado e a prefeitura "darão o suporte necessário ao Corinthians”.
Agência Brasil