O segundo turno das eleições, a ser realizado neste domingo (31), conclui aquele que será o sexto pleito direto consecutivo para presidente da República, desde a redemocratização, e o terceiro com a possibilidade de reeleição. Conforme levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 135.804.433 eleitores estão aptos a votar - 0,15% deles em seções instaladas em embaixadas e consulados brasileiros no exterior.
Além do presidente da República, serão escolhidos os governadores de oito estados e do Distrito Federal. A maioria dos estados em que há indefinição fica nas Regiões Norte (Rondônia, Roraima, Pará e Amapá) e Nordeste (Paraíba, Piauí e Alagoas), mas haverá segundo turno também no Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal).
Foram quase cinco meses de uma campanha tensa, de forte caráter plebiscitário a respeito dos oito anos do Governo Lula. Submetidos a grande volume de propaganda eleitoral, e por uma onda nunca vista de mensagens enviadas por correio eletrônico ou postadas nas redes sociais, os eleitores brasileiros demonstram estar esclarecidos sobre as propostas dos dois candidatos: Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB). A ser verdade o que dizem as últimas sondagens de opinião.
Esses cidadãos caminham para urnas neste domingo portando a fração do poder de escolher o destino de seu país - um paradoxo, já que o destino está vinculado à idéia de fatalidade.
Esse porvir dependerá em grande parte da coligação que chegar ao poder central. De um lado o PT e seus aliados PMDB, PDT, PSB, PR, PCdoB, PRB, PTN, PSC e PTC. Do outro, o PSDB com DEM, PTB, PPS, PMN e PT do B. Nos 27 dias que antecederam o segundo turno, os dois lados trocaram acusações e pintaram cenários sombrios caso o adversário vencesse. Seja qual for o vencedor, superada a paixão eleitoral, o mais recomendável é que os votos sejam de um futuro promissor para o Brasil e sua jovem democracia.
Agência Senado