Haddad defende maior integração entre países do Mercosul

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O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse hoje (26), na 39ª Reunião de Ministros da Educação do Mercosul, no Rio de Janeiro, que os países do bloco precisam evoluir em termos de cooperação na área educacional. Na reunião, foi consenso, entre os ministros da Educação de países do bloco, a criação de um Fundo de Educação do Mercosul, com previsão de implantação em 2011, para diminuir as assimetrias entre os integrantes.

Haddad destacou o trabalho de intercâmbio docente que está sendo realizado para integrar a cultura na região, levando professores brasileiros que estão se formando em espanhol para países do Mercosul e trazendo docentes para o Brasil nos cursos de licenciatura ou letras.

“O Brasil vai custear o projeto piloto de 350 bolsas para que isso [o intercâmbio de professores entre os países do bloco] se desenvolva com mais força num futuro próximo. Eu entendo que esse intercâmbio vai fortalecer tanto os laços culturais que unem os países do Mercosul, como vai melhorar muito a capacidade de ensino desses professores. Assim como vai disseminar a língua portuguesa pelo continente”, afirmou o ministro.

Ele ressaltou, ainda, a importância de se estabelecer prioridades para saber o que é possível ser executado nos próximos cinco anos. E lembrou que a pauta de educação já é muito ampla somente no âmbito nacional. Segundo Haddad, o Brasil tem uma rede de 160 universidades, número suficiente para estabelecer o intercâmbio de professores.

“É a expansão da cidadania pelo mérito acadêmico, derrubando fronteiras pela educação. Os professores devem gozar dessas possibilidades”, concluiu.

Os ministros discutiram, na reunião, as políticas de intercâmbio regional para o período que vai de 2011 a 2015. O objetivo do encontro foi discutir um plano comum de desenvolvimento educacional para o bloco. Alguns deles observaram que é necessário desenvolver sistemas mais equitativos entre os países.

Foi feito um balanço sobre as ações dos últimos anos e o ministros destacaram a expansão no número de bibliotecas e das atividades com direitos humanos e educação ambiental. A interação com outros blocos e organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), além de um diálogo constante com a sociedade civil também foram discutidos.

Agência Brasil

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