Cerca de 2 mil militares ocupam os complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O acordo, que define a organização e as atribuições da força de pacificação do Exército nas comunidades foi assinado hoje (23), mas as ações militares dentro dos complexos já haviam começado na quarta-feira (22).
Os militares foram divididos em três batalhões: um responsável pelo Complexo do Alemão, outro pelo Complexo da Penha e um terceiro pelo entorno das duas comunidades. Os militares estão revistando e prendendo suspeitos com apoio da Polícia Militar.
As polícias Civil e Militar também integram a força de pacificação, sob comando do Exército, e são responsáveis pelos cumprimentos de mandados de prisão e de busca e apreensão dentro das residências.
“O objetivo desse acordo é definir os espaços, estabelecer linhas de entendimento. A relação do governo do estado com o governo federal tem sido muito boa. E a relação operacional das polícias Militar e Civil com o Exército também tem sido extraordinária. É uma ação que vai dar lucro à população local”, disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Segundo o ministro, o Exército tem suas regras de engajamento bem definidas e, por isso, ele não acredita que as ações militares sejam questionadas na Justiça, como aconteceu na Operação Rio, realizada em 1994 e 1995, quando o Exército ocupou favelas do Rio. “Os equívocos que se cometeram em 94 não vão se repetir neste ano”, afirmou.
Segundo o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a permanência dos militares nas comunidades é essencial para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) nos complexos da Penha e do Alemão em 2011.
Agência Brasil