A Organização das Nações Unidas (ONU) poderá instalar no Brasil uma escola voltada para segurança e desenvolvimento social. O tema fez parte da conversa telefônica, no fim de tarde desta segunda-feira (3/1), entre a presidenta Dilma Rousseff e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Os detalhes do telefonema foram revelados pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, professor Marco Aurélio Garcia.
De acordo com Garcia, durante cerca de 15 minutos a presidente Dilma e o secretário Ban Ki-moon conversaram sobre a importância de se debater questões sobre segurança e desenvolvimento no âmbito do Conselho de Segurança. Num primeiro momento, segundo Garcia, o secretário-geral da ONU parabenizou a presidenta Dilma pela posse e trocou impressões sobre o papel do Brasil no Haiti.
Marco Aurélio informou ainda aos jornalistas que conversou com autoridades haitianas que estiveram em Brasília para a cerimônia de posse da presidenta e disse que elas estão dispostas a aceitar a avaliação de representantes das Organizações dos Estados Americanos (OEA) sobre as eleições ocorridas recentemente no Haiti.
O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência falou também sobre as futuras viagens internacionais da presidenta Dilma, informando que ela recebeu convite para visitar cerca de 50 países. Os planos iniciais são de visitar Argentina, Uruguai, Estados Unidos e China. Em fevereiro, Dilma irá ao Peru, participar de uma reunião entre representantes de países sul-americanos e árabes. Além disso, entre julho e setembro, a presidenta conhecerá a Bulgária, terra natal de seu pai.
Os jornalistas questionaram Garcia sobre os temas Irã, estado palestino e a decisão do governo de não extraditar o italiano Cesare Battisti. Segundo assessor, foram mantidas conversas com representantes do Irã sobre o acordo do uso de energia nuclear para fins pacíficos. Foi enfatizado também, segundo o professor, sobre a necessidade de reconhecimento do estado palestino. Marco Aurélio Garcia lembrou decisão tomada pelo ex-presidente Lula que reconheceu o estado palestino e frisou que seu sucesso depende da união do povo palestino.
Nas conversas mantidas com interlocutores iranianos foram abordadas questões sobre os direitos humanos mas, conforme explicou, o tema ficou apenas no campo filosófico. A presidenta Dilma também recebeu convite para visitar o Irã, mas não há decisão sobre quando isso ocorrerá. Já com relação ao caso Battisti, o governo brasileiro informou que não há novidades.
Fonte: Blog do Planalto