Seis presos foram mortos durante uma rebelião no 2º Distrito Policial de Pinheiro (MA), município a 330 quilômetros (km) da capital maranhense, São Luiz. A confirmação das mortes foi divulgada há pouco, pela Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. Embora a secretaria não confirme, a imprensa local afirma que os seis detentos foram decapitados.
Os mortos haviam sido feitos reféns por presos que, após uma tentativa frustrada de fuga, promoveram a rebelião. De acordo com a secretaria, os assassinados eram acusados de pedofilia ou estupro, como José Agostinho Bispo, de 55 anos. Conhecido como o Monstro de Pinheiro, Bispo foi preso em junho do ano passado, após ser condenado a 63 anos de prisão por abusar sexualmente da própria filha, com quem teve sete filhos-netos. A filha sofria abusos desde os 12 anos de idade.
A rebelião começou por volta das 22 horas de ontem (7) e as negociações para tentar conter a violência só começaram na madrugada de hoje (8). De acordo com a secretaria estadual, os presos reclamam da superlotação da delegacia que, embora tenha capacidade para, no máximo, 40 pessoas, abriga mais de 90 presos.
Além de exigir a presença de um juiz da Vara Criminal e de um promotor de Justiça, os detentos pediram um quilo de maconha para libertar os reféns e encerrar a rebelião. Como a maioria deles tem parentes em Pinheiro, os rebelados também reivindicam o direito de receber comida caseira levada pelos próprios parentes.
O secretário adjunto de Inteligência da secretaria estadual, Laércio Costa; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Franklin Pacheco, e o superintendente de Polícia Civil do Interior, Jair Lima de Paiva, estão desde cedo na cidade, acompanhado as negociações, que contam ainda com um juiz e dois promotores de Justiça de Pinheiro. Policiais militares do Batalhão de Choque e uma equipe do Grupo Tático Aéreo também foram deslocados para o município e cercam toda a área em torno da delegacia.
Agência Brasil