Plantio de sementes transgênicas cresceu 10%

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 As plantações de sementes geneticamente modificadas cresceram 10% em 2010, em relação ao ano anterior, ocupando 148 milhões de hectares em todo o mundo. Esses dados estão no relatório anual do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla em inglês), divulgado hoje (22). O levantamento aponta as nações em desenvolvimento como principais impulsionadoras desse crescimento.

 O Isaaa informou que essas sementes já são plantadas por 15,4 milhões de agricultores em 29 países. Em 2010, pela primeira vez os dez maiores produtores de culturas geneticamente modificadas tiveram mais de 1 milhão de hectares plantados: EUA (66,8 milhões), Brasil (25,4 milhões), Argentina (22,9 milhões), Índia (9,4 milhões), Canadá (8,8 milhões), China (3,5 milhões), Paraguai (2,6 milhões), Paquistão (2,4 milhões), África do Sul (2,2 milhões) e Uruguai (1,1 milhões).

 O Brasil apresentou, pelo segundo ano consecutivo, o maior crescimento em área, agregando mais 4 milhões de hectares apenas em 2010, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. “O Brasil, depois de acelerar as aprovações das culturas biotecnológicas (um total de 27, e 8 apenas em 2010) e garantir acordos de exportação, agora planta 17 por cento das culturas biotecnológicas no mundo”, diz a nota do Isaaa.

 China, Índia, Brasil, Argentina e África do Sul, os cinco principais países em desenvolvimento produzindo transgênicos, plantaram 63 milhões de hectares em 2010, o equivalente a 43% a área total do mundo ocupada com essas lavouras. Segundo o Isaaa, dos 29 países produtores, 19 são nações em desenvolvimento, que aumentaram as plantações em 17%, ou 10,2 milhões de hectares em relação a 2009, enquanto nos países desenvolvidos o crescimento foi de 5%, ou 3,8 milhões de hectares.

 A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está em ação neste início do ano com o programa Soja Livre, para atender a reivindicação de agricultores mato-grossenses que reclamaram, no ano passado, da falta de sementes convencionais no estado. A iniciativa reúne a Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados (Abrange) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

Agência Brasil

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