A presidente Dilma Rousseff divulgou nota para reafirmar o compromisso do Brasil com o Mercosul. No último sábado, 26, se completaram 20 anos da assinatura do Tratado de Assunção, que uniu Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai em torno de um projeto de integração regional baseado na maior coordenação de políticas comerciais e econômicas. "O Mercosul acumulou, ao longo dos últimos vinte anos, muitos e significativos progressos, que transcendem a área econômico-comercial e se estendem às esferas social, cultural e política", disse Dilma. Segundo ela, a associação de Bolívia, Chile, Peru, Colômbia e Equador será fundamental para enriquecer o bloco. Além destes países, Dilma citou a Venezuela, que aguarda apenas a aprovação do Congresso Nacional do Paraguai para compor o bloco. Os outros três países membros já ratificaram a adesão. "No aniversário de vinte anos do Tratado de Assunção, tenho a satisfação de reafirmar o interesse prioritário do Brasil no contínuo fortalecimento do Mercosul e no aprofundamento crescente da integração regional sul-americana", acrescentou Rousseff.
De acordo com a carta emitida pela Chancelaria do Paraguai, país que exerce a Presidência semestral do Mercosul, o bloco consolidou relações de confiança mútua, além de aprofundar canais de diálogo político e estreitar laços de cooperação. Os chefes diplomatas consideraram que o Mercosul, quarto bloco econômico do mundo e cujo tratado constitutivo foi referendado no dia 26 de março de 1991 em Assunção, "é a demonstração da capacidade conjunta dos quatro países de sobrepor às diferenças do passado uma agenda compartilhada". No âmbito econômico, "os avanços são particularmente eloquentes", destacaram os chanceleres, que resenharam que o comércio entre os parceiros regionais se elevou de US$ 4,5 bilhões em 1991 a US$ 45 bilhões em 2010.