Campanha do desarmamento inicia hoje

Processo promete indenização ágil e anonimato

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O Ministério da Justiça lança hoje a nova Campanha Nacional de Desarmamento. A promessa é de inutilizar as armas no ato da entrega, acelerar a indenização e assegurar anonimato aos voluntários.

O início da campanha foi antecipado em um mês em reação à tragédia de Realengo, onde um atirador matou 12 crianças nas salas de aula de uma escola municipal, há um mês. O atirador usou armas obtidas no mercado ilegal, e o crime reacendeu o debate sobre o desarmamento e o controle ao tráfico de armas no país.
A legislação brasileira determina que apenas o Exército pode destruir armas, por isso o recurso ao "sistema da marretada" nos postos de recolhimento (polícias, delegacias, igrejas e sedes de ONGs), para inutilizá-las e dissipar dúvidas de que possam ser desviadas.

A indenização não será mais depositada na conta dos voluntários, como da última vez. "Elas receberão um voucher do Banco do Brasil e poderão retirar o dinheiro no terminal de saque de qualquer agência no país", diz Melina Rossi, diretora do Instituto Sou da Paz.
O novo procedimento é uma reação a problemas ocorridos na última campanha. A indenização varia de R$ 100 a R$ 300, de acordo com o modelo da arma, e não se estenderá à entrega de munição, como chegou a ser aventado.

"Capitão Nascimento" entra na ação por desarmamento

O capitão Nascimento, herói do cinema brasileiro promovido a coronel em 'Tropa de Elite 2', será uma das estrelas da campanha do desarmamento, a ser iniciada nesta sexta-feira (6) em todo o país. Nascimento, interpretado pelo ator Wagner Moura, emprestou a voz ao vídeo da campanha, de 30 segundos, que será divulgado nas emissoras de rádio e televisão.

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