O objetivo do Governo é que a queda nos preços da subsidiária da Petrobras, que tem sete mil postos no país, force as demais distribuidoras a adotar o mesmo caminho, levando os postos de gasolina a repassar essa redução aos consumidor.
Sozinha, a gasolina respondeu por quase um terço da alta de 0,77% da inflação medida em abril pelo IPCA. Com o resultado, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 6,51%, ultrapassando o teto da meta oficial do governo.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quarta-feira que "a BR Distribuidora vai reduzir de 6% a 10%" o preço da gasolina”. Segundo o ministro, a mesma coisa aconteceria com o etanol comercializado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Lobão avalia que uma vez que a BR, líder de mercado, faça isso, as outras distribuidoras seguirão o mesmo caminho.
Mas a medida não significa, no entanto, que o preço dos combustíveis nos postos vá baixar imediatamente ou que vá diminuir na mesma proporção. Segundo a empresa, houve uma sugestão aos postos da rede para que repassem os descontos para os consumidores. Mas a BR Distribuidora não tem poder para obrigar o revendedor a transferir o desconto para os consumidores.
Independentemente da medida, analistas já esperam a queda dos preços dos combustíveis neste mês e no próximo, com a entrada no mercado da safra de álcool. Na usina, o álcool anidro (que é adicionado à gasolina) recuou 23,9% de meados de abril até a primeira semana de maio.