Foram presos no final da tarde de ontem (21) os quatro policiais militares suspeitos de matar o menino Juan Moraes, de 11 anos, durante uma incursão da Polícia Militar (PM) na Favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Juan foi morto com um tiro de fuzil no pescoço. A Polícia Civil informa que o disparo foi feito por um dos policiais durante perseguição contra traficantes. O corpo do menino, no entanto, só foi encontrado cerca de dez dias depois, às margens do Rio Botas, em Belford Roxo, local distante da ação policial, também na Baixada Fluminense.
A acusação consta do inquérito concluído na semana passada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Nele, o responsável concluiu que Juan foi executado por um dos policiais e que não houve troca de tiros como afirmaram os PMs.
Os cabos da Polícia Militar Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva e os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares foram presos. O mandado de prisão temporária foi expedido pelo juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu.
Como ocorre nestes casos, os policiais foram encaminhados para o Hospital Central da PM onde foram submetidos a exame de corpo de delito e estão sendo encaminhados ao Batalhão Especial Prisional, em Benfica, na zona norte da cidade, onde ficarão em prisão temporária por pelo menos 30 dias.
Os quatro policiais serão enquadrados nos crimes de homicídio doloso duplamente qualificado - por motivo torpe e sem dar direito de defesa à vítima e por tentativa duplamente qualificada.
Na última terça-feira, 19, o Ministério Público do Rio de Janeiro havia pedido a prisão temporária dos policiais.
*Agência Brasil