A presidenta Dilma Rousseff disse ontem que, pela segunda vez, uma crise financeira internacional atinge o mundo e, pela segunda vez, o Brasil “não treme”. Dilma disse que o país está forte, com os bancos brasileiros sólidos, um mercado interno robusto e mais reserva de depósitos compulsórios do que na crise financeira mundial enfrentada em 2008. “Demos passos muito grandes na direção de uma estabilidade. É a segunda vez que a crise afeta a mundo e pela segunda vez o Brasil não treme”, disse em entrevista a jornalistas após reunião com o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harpe.
Na avaliação de Dilma, para manter a posição favorável do país é preciso uma ação conjunta entre governo, empresários e sociedade. “Uma ação de seriedade, firmeza e percepção de que não podemos, neste momento, brincar e sair por aí gastando o que não temos. Temos que continuar consumindo o que consumimos porque não passamos por nenhuma ameaça. Não estamos fragilizados e isso é reconhecido nacional e internacionalmente.” Perguntada pelos jornalistas sobre a possibilidade de o governo adotar novas medidas na área econômica, Dilma respondeu que não vê a necessidade da adoção de nenhuma medida nesta semana e que o governo agirá baseado na observação do cenário mundial e com cautela. “O Brasil será muito criterioso no seu posicionamento. Cautela e observação são fundamentais. Não temos necessidade de nenhuma precipitação”. A presidenta também disse não acreditar que o Brasil esteja ameaçado, mas garantiu que irá tomar todas as medidas para fortalecer o país. Ela pediu a todos os segmentos “muita tranquilidade, calma e nenhum excesso”.