A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou hoje (13) as investigações do atropelamento múltiplo e da explosão de uma bomba, que deixaram um morto e 41 feridos na noite de ontem (12), em Madureira (zona norte da cidade), durante o ensaio da Escola de Samba Portela. Na ocasião, um carro com bandidos em fuga furou um bloqueio de trânsito e invadiu a Estrada da Portela, onde a escola de samba iria iniciar o ensaio. Cerca de 15 minutos depois do atropelamento, uma bomba explodiu bem próximo das pessoas que estavam sendo socorridas pelos bombeiros, fazendo mais vítimas.
De acordo com a polícia, as imagens de telefones celulares gravadas pelas pessoas que acompanhavam o ensaio e, também, das câmeras de segurança das lojas vizinhas serão analisadas. Testemunhas e vítimas que já receberam alta médica já começaram a ser ouvidas. A polícia ainda não sabe se o artefato que explodiu no meio da rua foi jogado pelos ocupantes do carro que provocou o atropelamento coletivo minutos antes.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 12 dos 41 feridos no incidente seguem internados. Em estado mais grave está uma pessoa atingida no rosto, nos braços e nas pernas por estilhaços da bomba. Com ferimentos leves, 23 pessoas já foram liberadas.
A Escola de Samba Portela divulgou nota solidarizando-se com as famílias das vítimas do atropelamento e da explosão da bomba: "A agremiação lamenta o fato ocorrido e reitera a confiança nas autoridades competentes do estado de direito para que o episódio seja esclarecido. A Presidência da Escola de Samba Portela vai acompanhar de perto as investigações sobre o caso".
Também por meio de nota, a Polícia Militar informou que 15 policiais do Batalhão de Rocha Miranda (zona norte) faziam a segurança do ensaio da Portela quando houve o atropelamento. A polícia do Rio está fazendo buscas nas favelas de Madureira e bairros próximos para tentar localizar os bandidos que furaram o bloqueio policial e o carro usado por eles, um Mercedes Benz branco segundo testemunhas.
Agência Brasil