A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (28) que os militares mortos no incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz, o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos, devem ser considerados heróis nacionais e que mereceram o reconhecimento póstumo concedido pela Marinha.
Os corpos chegaram por volta das 8h50 à Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Em cerimônia no hangar da base, os dois militares foram promovidos a segundo-tenente e condecorados com a Ordem do Mérito da Defesa, a Medalha Naval de Serviços Distintos e a Honra ao Mérito, grau de comendador.
“Para o Brasil, é um momento de perda e um momento em que nós percebemos que este é um país formado de heróis anônimos, de pessoas que passam, que sacrificam a sua vida para salvar a vida de outros, e acho que também lá naquele lugar [no Continente Antártico], tanto o pessoal militar quanto o pessoal civil, os pesquisadores, foram muito fortes, no sentido de que enfrentaram uma adversidade muito grande”, disse a presidenta em entrevista, depois de participar da entrega de casas populares em Recife. Dilma afirmou que o governo vai trabalhar pela reconstrução e modernização das instalações destruídas pelo incêndio.
Perguntada sobre a entrada do ex-governador José Serra na disputa pela prefeitura de São Paulo, Dilma respondeu que não comentaria questões eleitorais municipais. “Acho que essa é uma questão que tem de ser tratada em nível municipal. Eu sou presidenta da República. Não sou prefeita de São Paulo e nem tenho nenhum pronunciamento específico a fazer nesse sentido”.
Dilma disse ainda, que, como presidenta da República, tem o dever de “zelar pelos negócios públicos”, mas não de se envolver nas discussões eleitorais do país.
Agência Brasil