Na noite desta terça-feira, morreu no Rio de Janeiro o escritor Millôr Fernandes. Ele tinha 88 anos e morreu em casa, em Ipanema, na zona sul do Rio, de falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca. Além de escritor, Millôr era desenhista, dramaturgo, humorista, jornalista e tradutor.
O corpo está sendo velado no cemitério Memorial do Carmo, no bairro do Caju, no Rio. Segundo a assessoria do cemitério, o corpo será cremado no Crematório da Santa Casa.
História
Nascido no bairro do Méier, na zona norte do Rio, o escritor gostava de contar que o sonho de sua mãe, de ter um filho chamado Milton, foi transformado por um erro do tabelião, no cartório, quando o pai foi registrá-lo. Em vez de Milton Viola Fernandes, ele foi foi registrado como Millôr.
Millôr escreveu seu primeiro livro aos 10 anos, depois não parou mais. Trabalhou em jornais e revistas. Na revista O Cruzeiro, durante anos a principal do país, ele assinou a coluna Pif-Paf.
Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, que se tornou emblema da crítica à ditadura (1964-1985). Como autor, escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de fazer exposições. Traduziu obras clássicas de Sófocles, Shakespeare, Molière, Brecht e Tennessee Williams.
Morre aos 88 anos Millôr Fernandes
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