O crédito imobiliário no país deve crescer com moderação, apesar de a atual taxa de expansão ser bastante expressiva, disse ontem o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. De acordo com os dados do BC, em março, o crédito habitacional com recursos direcionados (operações com taxas e recursos pré-estabelecidos em normas governamentais) apresentou saldo de R$ 201,393 bilhões, alta de 2,9% em relação a fevereiro, e de 41,7%, em 12 meses. Maciel lembrou que, em 2010, o crédito imobiliário cresceu 50,4%, com redução do ritmo para 44%, em 2011.
“A expectativa ainda é moderação nessa modalidade porque o ritmo de crescimento foi muito intenso em períodos anteriores”, destacou. A Caixa Econômica Federal anunciou a redução em até 21% da taxa de juros efetiva cobrada em empréstimos feitos por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Segundo uma simulação feita pelo banco, para os imóveis que custam até R$ 500 mil, os juros passam de 10% ao ano para 9% ao ano. Caso o mutuário seja cliente com conta-salário na Caixa, a taxa cairá para 7,9% ao ano.
Financiamentos fora do SFH também terão redução das taxas, de 11% para 10% ao ano. Neste caso, para clientes com conta-salário na Caixa, os juros ficarão em 9%. Em simulação da Caixa, se contratar um financiamento de imóvel no valor de R$ 600 mil, o cliente economizará mais de R$ 54 mil durante 20 anos, dos quais R$ 5,6 mil logo no primeiro ano. As novas taxas foram anunciadas no lançamento do 8º Feirão da Casa Própria, marcado para o período de 4 de maio a 10 de junho, em 13 cidades (11 capitais).