A queda no faturamento da indústria gaúcha foi um dos principais responsáveis pelo resultado negativo do setor na passagem de março para abril. Esta variável teve um recuo de 2,9%, sem os efeitos sazonais, impactando no Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), que totalizou com uma desaceleração de 0,3%. “O cenário de estagnação continua o mesmo há 25 meses e no curto prazo não há expectativa de mudança. Esperamos que ocorra uma melhora a partir do segundo semestre, principalmente devido às medidas de estimulo do governo”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, na terça-feira (5).
Nessa mesma base de comparação, também tiveram retração a massa salarial (-2,6%), o emprego (-0,6%), as compras de insumos e matérias-primas (-0,5%) e a Utilização da Capacidade Instalada (-0,9%). Apenas as horas trabalhadas na produção apresentaram crescimento (1,1%). As comparações com o ano passado também seguem negativas. Em relação a abril de 2011, o Índice de Desempenho Industrial registrou queda de 1,2%.
Quando os quatro primeiros meses do ano são analisados, em relação ao mesmo período do ano passado, o setor industrial do Estado assinala uma desaceleração acumulada de 0,5%. O desempenho foi impactado, em especial, pela queda nas compras totais (-6,9%), nas horas trabalhadas na produção (-1,7%) e no faturamento (-1,4%). Os piores índices registrados vieram dos setores de Borracha e Plástico (-7,2%) e Químicos e Refino (-5%). As maiores contribuições positivas foram verificadas em Móveis (10,3%), Material Eletrônico e de Comunicação (9,6%) e Máquinas e Equipamentos (6,4%).
Faturamento puxa o desempenho negativo da indústria gaúcha
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