A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a fumaça do diesel como cancerígena. A classificação se baseia em estudos divulgados pela Agência Internacional para Pesquisas sobre Câncer (IARC), órgão encarregado de estudar a doença.
De acordo com a agência de pesquisa, a chance de uma pessoa contrair câncer pelas emissões da fumaça do diesel são as mesmas de um fumante passivo. A conclusão foi baseada em estudos com animais e humanos.
A chefe da área de Câncer Ocupacional do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), Ubirani Otero, explica que a fumaça do diesel já era considerada potencialmente cancerígena. “A mudança traz esse agente para o grupo 1, na mesma categoria do amianto, benzeno, formol e tabaco”, explica.
Os perigos afetam principalmente os trabalhadores expostos à fumaça, como caminhoneiros, mineiros e mecânicos, mas os níveis de poluição também atingem outros cidadãos.
De acordo com o IARC, a preocupação agora é como as cidades vão se adaptar para diminuir a emissão dos gases e, assim, proteger a saúde da população. “A gente espera que esse diesel seja substituído por outro agente que possa cumprir a mesma função, mas que não contamine o ar e afete a saúde das pessoas”, avalia. O órgão também sugere um esforço para diminuir a emissão dos gases.
Fonte:
Ministério da Saúde