Compra de t??­tulos p??ºblicos pela internet supera marca de 300 mil investidores

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O Programa Tesouro Direto, que permite a compra de títulos públicos por pessoas físicas pela internet, ultrapassou a marca de 300 mil investidores. Segundo dados divulgados nesta (25) pelo Tesouro Nacional, o total de aplicadores encerrou maio em 300.818.

Somente no mês passado, 4.565 investidores se cadastraram no programa, o que representa incremento de 24,33% nos últimos 12 meses. A adesão, no entanto, não é a maior do ano. Em janeiro, 6,4 mil pessoas físicas se inscreveram no Tesouro Direto.

Em maio, o programa vendeu R$ 303,48 milhões em títulos públicos. O volume é menor que o do mesmo mês do ano passado, quando R$ 360,91 milhões foram vendidos. O recorde mensal de vendas na história do programa foi registrado em janeiro, quando as vendas somaram R$ 616,26 milhões.

Os títulos mais comprados pelos investidores no mês passado foram os indexados a índices de preços, que concentraram 70,77% do montante vendido. Em segundo lugar, vieram os papéis prefixados (com taxas de juros definidas no momento da emissão), com participação de 25,5%, seguidos pelos títulos corrigidos pela Selic, que representaram apenas 3,72% das compras.

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, os investidores estão cada vez mais migrando para o Tesouro Direto em um cenário de queda dos juros. “Os aplicadores estão em busca de investimentos rentáveis e seguros. O Tesouro Direto alia taxas baixas de administração e a garantia pelo Tesouro Nacional”, diz.

Apesar do aumento da procura, Garrido diz que a demanda pelo Tesouro Direto foi pouco influenciada pelas mudanças que diminuíram o rendimento da poupança, no fim de abril. Segundo ele, a adesão de investidores é resultado de um processo mais longo, de consolidação da modalidade de vendas de títulos pela internet. “O recorde de adesões neste ano ocorreu em janeiro. O número de novos participantes ficou dentro da média em abril e maio.”

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem que pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o valor com um adicional, que pode variar de acordo com à Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa fixa, definida antecipadamente.


Agência Brasil

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