Os depósitos em cadernetas de poupança, no mês passado, foram maiores que as retiradas em R$ 1,67 bilhão na Caixa Econômica Federal. Esse saldo, ou captação líquida, foi o melhor já registrado em meses de junho, com aumento de 74% em relação ao mesmo mês do ano anterior, e contribuiu para elevar a captação líquida do primeiro semestre para R$ 6,71 bilhões, ou 189% a mais que no primeiro semestre de 2011.
Os números foram divulgados nesta terça (3) pelo vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza. Ele disse que o bom desempenho da poupança nos primeiros seis meses do ano contribuiu para que o banco superasse a “expressiva marca” de R$ 160 bilhões no estoque de poupanças, equivalentes a 36% do total de cadernetas no mercado, de acordo com posição do Banco Central, relativa ao dia 25 de junho.
Segundo Lenza, a “excelente” captação líquida da poupança nos últimos meses pode ser atribuída à boa rentabilidade oferecida pelo produto. No seu entender, os brasileiros perceberam, rapidamente, que a mudança na regra de remuneração da poupança garantiu a boa rentabilidade do produto, que continua isento de Imposto de Renda e sem taxas de administração.
A rentabilidade de 70% (5,95%) da Selic atual, de 8,5% ao ano, mais a taxa referencial (TR) mantém a atratividade do investimento, que continua ganhando em rendimento, por exemplo, dos fundos de renda fixa DI com taxa de administração acima de 1% para prazo até 12 meses. Ganham também dos CDBs de varejo, que pagam abaixo de 91% do CDI para aplicação até seis meses”, explica o vice-presidente da Caixa.
O Banco Central deve divulgar, nas próximas horas, a movimentação geral de junho, relativa a depósitos, saídas e rentabilidade das cadernetas do sistema brasileiro de poupança e empréstimo (SBPE) e da poupança rural. Do estoque do SBPE, que corresponde a quase 80% do total poupado no país, 65% são direcionados para crédito imobiliário.
Agência Brasil