Paulo Rocha era líder do PT na Câmara dos Deputados e presidente do PT-PA na época que as acusações do mensalão vieram à tona. Ele é acusado oito vezes do crime de lavagem de dinheiro, pois, segundo o Ministério Público, recebeu dinheiro ilegal de Marcos Valério por meio de assessores em diversas situações.
A defesa do político confirma que ele recebeu quantias do publicitário mineiro, mas informa que a verba não foi usada em proveito próprio e, sim, para quitar gastos do PT paraense. Também argumenta que a origem da verba era lícita e que o ex-parlamentar nunca teve intenção de dissimular o recebimento do valor.
Após a apresentação da defesa dos 38 réus, os ministros devem começar a votar questões preliminares antes entrar no mérito da culpa ou inocência dos réus. Um dos pontos que precisa ser definido é se o empresário Carlos Alberto Quaglia, também réu no processo, teve seu direito de defesa cerceado, o que pode levar parte do processo a ser anulado.
Os ministros também devem definir como será o sistema de votação – se cada magistrado dirá todo o voto de uma só vez ou se a votação será fatiada de acordo com cada situação criminosa apontada pelo Ministério Público. Essa definição será decisiva para determinar se o ministro Cezar Peluso irá participar do julgamento, pois ele se aposenta no início de setembro.
Agência Brasil