Alunos surdos terão novo equipamento

Nova tecnologia vai facilitar o aprendizado de 200 deficientes auditivos em 80 escolas públicas. O professor usa um chip em forma de microfone, e o aluno, um receptor que elimina ruídos. Em fase de teste, aparelho vai chegar à educação infantil em 2013

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Estudantes com deficiência auditiva das redes públicas de ensino contam com novo equipamento para facilitar o aprendizado. Trata-se de um conjunto formado por um pequeno chip emissor, na forma de microfone, usado pelo professor, e um receptor para o aluno.  O projeto-piloto para uso da nova tecnologia, iniciativa da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, tem a participação inicial de 200 estudantes de 80 escolas das cinco regiões do País.

Segundo a diretora de políticas de educação especial da Secadi, Martinha Santos, este primeiro momento será de monitoramento e avaliação dos impactos pedagógicos para os estudantes. "Queremos proporcionar um documento de orientações para expandir o atendimento. Esperamos, a partir de 2013, já atender a educação infantil”, explica.

Seleção
As instituições de ensino foram selecionadas pelas secretarias estaduais de educação. As selecionadas contam com salas de recursos multifuncionais implantadas, oferecem atendimento educacional especializado e têm estudantes com deficiência auditiva matriculados nos três anos iniciais do ensino fundamental. Cada escola elegeu o professor que trabalhará com o equipamento.  

Funcionamento
O dispositivo adota o sistema de frequência modulada (FM) para filtrar a voz do professor e eliminar os ruídos da sala de aula, de maneira a melhorar a qualidade do som para os usuários de aparelhos de amplificação sonora e implante coclear (dispositivo eletrônico, parcialmente implantado, para proporcionar sensação auditiva próxima à fisiológica).

Com investimento de R$ 1,5 milhão, a nova tecnologia foi desenvolvida por pesquisa da Secadi em parceria com o Laboratório de Estudos do Comportamento Humano da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e com a Universidade de São Paulo (USP), câmpus Bauru. A evolução do processo nas escolas será acompanhada também por especialistas de outras instituições de educação superior. 

Os 80 responsáveis pela implementação do projeto-piloto nas escolas selecionadas, além de pesquisadores das instituições de educação superior integrantes da experiência, participaram de curso de formação promovido pelo MEC.

Portal Brasil

Gostou? Compartilhe