PF apreende 14 mil animais silvestres este ano

Além das aves, também são vítimas do comércio ilegal animais como cobras, peixes ornamentais, macacos em risco de extinção e até anfíbios - usados em pesquisas científicas por indústrias farmacêuticas.

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Só neste ano, a Polícia Federal apreendeu em suas operações quase 14 mil animais silvestres. A maior parte deles pássaros - cerca de 13 mil. Apesar de variar muito anualmente, o número de animais apreendidos pelo órgão vem crescendo. Em 2007, foram menos de 500 espécimes recuperados.

O período que vai de setembro a dezembro é a época de reprodução da arara (algumas aves pertencentes à família Psittacidae) e do papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), duas das principais vítimas do mercado negro de animais silvestres no Brasil. Este é também o período em que as autoridades mais registram ocorrências do tráfico ilegal dessas aves e de outros animais.

Os criminosos retiram as aves de seus ninhos em troncos de árvores enquanto elas ainda estão nos ovos ou não têm penas para voar. Um filhote de papagaio-verdadeiro é vendido aos traficantes, por sitiantes e trabalhadores rurais do interior do país por cerca de R$ 30.

A ave é então revendida ilegalmente pelos criminosos por R$ 150 em feiras do Sudeste do país. O filhote também pode receber uma anilha falsa e ser vendido por até R$ 1.000 - como se sua origem fosse um criadouro legalizado.

Além das aves, também são vítimas do comércio ilegal animais como cobras, peixes ornamentais, macacos em risco de extinção e até anfíbios - usados em pesquisas científicas por indústrias farmacêuticas.

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