Devido a chegada de um fenômeno chamado swell - uma série de ondas que não são geradas pelo vento e sim por tempestades longe da costa - a Capitania dos Portos de Pernambuco tem monitorado o Arquipélago de Fernando de Noronha devido às ondas gigantes que atingem a região desde segunda-feira.
Durante a noite de segunda-feira (14), cinco barcos que estavam ancorados longe da costa, no Porto de Santo Antônio foram atingidos por ondas de 5 metros e afundaram. O local foi interditado, após a praia amanhecer com alguns pedaços das embarcações que naufragaram. As fortes ondas também inundaram bares e barracas da praia, destruindo utensílios, como geladeiras.
Os danos foram materiais e ninguém ficou ferido, de acordo com o administrador-geral da ilha, Romeu Neves Baptista.
Comparado a "um pequeno tsunami" pelo engenheiro de pesca Leo Veras, que testemunhou o episódio, o swell é uma incidência característica da região, ocorrendo no período de novembro a março. Nem sempre surge com rigor.
— Nos últimos três anos, sua incidência foi fraca — afirmou o major Sidnei Cavalcanti, do Corpo de Bombeiros.
Segundo publicação da Zero Hora, este swell se originou de uma tempestade iniciada na Costa Leste dos Estados Unidos que se propagou para o Atlântico Sul. Além das cinco embarcações afundadas - a perda foi total -, outras três se soltaram com o agito do mar e foram recuperadas.
Outros dez barcos que estavam fora do mar, na faixa de areia, para conserto e manutenção, foram transferidos para a Praia do Sueste, do lado oposto da ilha - região não atingida pelas fortes ondas.