Na noite desta sexta-feira (21) a presidente Dilma Roussef, em rede nacional, fez um pronunciamento onde afirmou que está acompanhando as manifestações e que “elas mostram a força da nossa democracia e o desejo da juventude de fazer o Brasil avançar”. Em seguida, ela falou que é importante utilizar o impulso do que qualificou como “nova energia política” para melhorar muitas coisas que o país ainda não avançou por limitações políticas e economicamente.
De outro lado, falou do perigo de colocar as “coisas a perder” caso as manifestações comecem a tomar um rumo violento. “Tenho a obrigação tanto de ouvir a voz das ruas, como dialogar com todos os seguimentos, mas tudo dentro dos primados da lei e da ordem, indispensáveis para a democracia”, ressaltou Dilma.
A presidente prometeu chamar os governadores e prefeitos das principais cidades do país e os líderes das manifestações populares para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos e anunciou que as ações do governo terão três focos.
O primeiro será a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. O segundo é a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação, proposta que está em discussão no Congresso. Para melhorar a saúde, Dilma prometeu trazer mais médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
“As manifestações desta semana trouxeram importantes lições. As tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes ganharam prioridade nacional. Temos que aproveitar o vigor das manifestações para produzir mais mudanças que beneficiem o conjunto da população brasileira”, declarou.
A presidente prometeu ainda conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes, governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos. Ela anunciou ainda que pretende receber os líderes das manifestações pacíficas, representantes de organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores e das associações populares.