Na abertura da reunião com governadores e prefeitos, a presidenta Dilma Rousseff disse que vai propor a convocação de um plebiscito que autorize uma Constituinte para fazer a reforma política. "O Brasil está maduro para avançar e já deixou claro que não quer ficar parado onde está", disse. A presidenta também apresentou cinco propostas. O primeiro é pela responsabilidade fiscal, com o objetivo de manter a estabilidade da economia e o controle da inflação.
O segundo trata da reforma política. "Quero propor o debate sobre a convocação do plebiscito popular para fazer a reforma política que o país tanto necessita", afirmou.
Dilma Rousseff propôs ainda uma nova legislação que considere a "corrupção dolosa (quando há intenção) como crime hediondo", com penas mais severas. A presidenta pediu ainda agilização na implantação da Lei de Acesso à Informação.
O terceiro pacto é na questão da saúde. Entre as ações, Dilma falou sobre o envio de médicos às cidades mais necessitadas e a contratação de médicos estrangeiros. “Sei que vamos enfrentar um bom debate democrático. Gostaria de dizer à classe médica, que não se trata de medida hostil. Trata-se de medida emergencial, localizada, tendo em vista a grande dificuldade que enfrentamos para localizar médicos em número suficiente para trabalhar nas áreas mais pobres.” Ainda, segundo a presidente, a contratação de estrangeiros só ocorrerá quando não houver outra possibilidade.
O quarto pacto é relacionado ao transporte público. “Decidi destinar R$ 50 bilhões para novos investimentos em obras de mobilidade urbana”, disse. Ainda, ela anunciou a criação do Conselho Nacional do Transporte Público com participação de representantes da sociedade civil.
O quinto pacto é sobre a educação pública. “Avançamos muito nas últimas décadas, mas precisamos de mais recursos. “Meu governo tem lutado para que 100% dos royalties do petróleo e 50% do pré-sal sejam investidos na Educação. Confio que os senhores congressistas aprovarão esse projeto que tramita com urgência", finalizou.