Pedido para reajuste nos combustíveis será avaliado

Petrobrás reivindica elevação de preços porque estão defasados

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (13) que, apesar de a Petrobras ter reivindicado reajuste nos combustíveis, o governo ainda está avaliando o pedido da empresa. “Nenhum aumento de preços é bom. Não estamos dizendo que se vai atender à reivindicação da Petrobras, estamos examinando”, disse o ministro após cerimônia de abertura da Feira de Negócios de Tecnologia Brasil-China.

Segundo o ministro, a Petrobras está sempre reivindicando elevação de preços porque estão defasados há muitos anos. “Há muito tempo não tem havido aumentos regulares de preço e sim episodicamente. Isso não quer dizer que se vá concordar. As solicitações são examinadas pelo Ministério da Fazenda, pelo Conselho de Administração da Petrobras e pelo Ministério de Minas e Energia”, disse.

Perguntado sobre o pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar informação veiculada, esta semana, pela revista Época, na qual um ex-diretor da BR Distribuidora denuncia a existência de um esquema de corrupção na Petrobras para beneficiar parlamentares do PMDB, Lobão disse o partido não vai se furtar a examinar o assunto.

“O instituto da CPI é um instrumento da democracia. O PMDB não vai se afastar do interesse de examinar as coisas. Nem o governo tem interesse em que questões como essa não sejam examinadas. Mas isso diz respeito à autonomia do Congresso Nacional. O ministro de Estado não tem que opinar sobre isso”, afirmou o ministro.

Sobre as indicações para diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que trabalha com quórum mínimo, o ministro disse que não há disputas para o cargo. “O ministro indicará à presidenta da República, que aceitará ou não, nomes para compor a diretoria da Aneel. Estamos examinando. Não há nenhuma disputa. Não há nenhuma indicação até o momento”, disse Lobão.

Sobre as transações energéticas entre Brasil e Venezuela, o ministro Lobão disse que, se o governo venezuelano procurar as autoridades brasileiras para ajudar no suprimento de energia, o Brasil vai avaliar como ajudar o país vizinho. O presidente venezuelano Nicolás Maduro determinou estado de emergência no sistema elétrico do país por 90 dias. “Recebemos energia da Venezuela para abastecer parte de Roraima. Temos todo o interesse em ajudar”, disse Lobão.

O ministro participou da abertura da Feira de Negócios de Tecnologia Brasil-China, que conta com a participação de 50 empresas chinesas, principalmente das áreas de telefonia móvel e de tecnologia da informação. A feira termina nesta quarta-feira (14) no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília.

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