Dois feridos em incêndio na capital paulista estão em estado grave

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É grave o estado de saúde de dois dos 30 moradores de um prédio da região central da cidade, feridos no incêndio em uma academia que começou no início da madrugada de hoje (8), na Rua Boticário esquina com a Avenida Ipiranga, e se alastrou para o edifício residencial ao lado. Segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 100 pessoas precisaram de atendimento no local por causa da intoxicação e 30 delas foram encaminhadas para os hospitais das Clínicas, Servidor Público Municipal e Santa Casa de Misericórdia.

Os casos mais graves são os de um homem de 70 anos que foi encaminhado para a Santa Casa e de uma criança que está no Hospital das Clínicas (HC). A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que o idoso teve queimaduras em 15% da face, além das mãos, e está entubado para preservação das vias aéreas. Além dele, sete moradores foram encaminhados para o local: três tiveram alta e quatro estão em observação.

A criança encaminhada ao HC está na UTI e o seu estado é grave. Mais seis pessoas foram levadas para o hospital: quatro já receberam alta e duas estão em observação. Apenas uma pessoa das 15 encaminhadas para o Hospital do Servidor Público Municipal, permanece internada em observação.

No começo da tarde, pelo menos 36 bombeiros ainda trabalhavam na Operação Rescaldo nos dois prédios, o comercial que abrigava a academia e o residencial localizado ao lado. Os bombeiros informaram que o fogo começou por volta da 1h na academia que funcionava no andar térreo e se alastrou para o prédio residencial vizinho, que tem 146 apartamentos.

A Defesa Civil interditou os dois prédios e os moradores só poderão voltar após as vistorias nas edificações. Os moradores conseguiram retirar, na manhã de hoje, documentos, roupas e remédios, acompanhados por agentes da Defesa Civil.

Segundo técnicos do órgão, após a perícia feita pela Polícia Científica, que vai apurar as causas do incêndio, a equipe de engenharia da subprefeitura da Sé fará a vistoria do local para avaliar se a estrutura do edifício corre risco de colapso. Os desalojados estão sendo cadastrados pela prefeitura para receber auxílio.

De acordo com a subprefeitura da Sé, o local onde funcionava a academia estava irregular porque não tem o alvará de funcionamento. Os responsáveis também não ingressaram com pedido de alvará. Ao pedir essa documentação os responsáveis pela academia teriam de apresentar, entre outros documentos, o Auto de Verificação de Segurança específico.

Agência Brasil

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