O ano de 2013 está entre os dez anos mais quentes do mundo desde os primeiros registros modernos em 1850, afirmou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) na quarta-feira (13), acrescentando que o derretimento das calotas polares e geleiras tem contribuído para um aumento recorde no nível dos oceanos.
Conforme a OMM, as temperaturas desse ano estão quase na mesma média que as de 2001-2010, a década mais quente já registrada. Desde 1998, todos os anos têm sido mais quentes, e 2013 segue a mesma tendência que deve se estender em longo prazo.”
Os primeiros nove meses desse ano estão empatados com os de 2003 como o sétimo mais quente da história, com uma temperatura da superfície da terra e do mar ficando em cerca de 0,48°C.
Conforme a OMM, as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa atingiram novas máximas em 2012 e espera-se que atinjam níveis sem precedentes mais uma vez em 2013. No entanto, as temperaturas da superfície são apenas parte do quadro mais amplo das mudanças climáticas, com seu impacto já sendo sentido no ciclo da água, através de inundações, precipitações e secas extremas.
A declaração anual provisória da OMM sobre o estado do clima global em 2013 aponta que o nível dos oceanos tem aumentado a uma taxa média de 3,2 milímetros por ano. Esse número está próximo da taxa de 2001-2010 de cerca de 3 mm/ano e é o dobro da observada no século 20 de 1,6 mm/ano.
A OMM ainda destaca que, apesar dos tufões como o Haiyan não poderem ser diretamente atribuídos à mudança climática, o aumento do nível do mar está fazendo com que as populações costeiras fiquem mais vulneráveis quando ocorrem essas catástrofes. Embora a relação entre as mudanças climáticas e a frequência de ciclones tropicais seja um assunto a ser muito pesquisado ainda, é esperado que o impacto seja mais intenso nas próximas décadas.