Noite de tensão na Venezuela

Novas manifestações aconteceram na noite de sábado

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Manifestantes concentraram-se nas ruas de algumas cidades do país durante a noite de sábado e a madrugada de hoje. A imprensa local divulgou que ao menos 23 pessoas ficaram feridas em Chacao, capital do Estado de Miranda, reduto oposicionista e que houve confrontos entre manifestantes e policiais.

 Em ritmo intenso, com inúmeras postagens,usuários do Twitter trocaram informações sobre o paradeiro de jovens, supostamente detidos ao longo da noite e denunciaram suspeitas de “desaparecimento” de manifestantes.

 Usuários das redes sociais também publicaram fotos de pessoas feridas com balas de borracha. Na versão deles, pela Guarda Nacional Bolivariana, que teria usado também gás lacrimogêneo para dispersar as manifestações. Algumas fotografias expressaram reações policiais violentas.

 A imprensa local foi comedida na publicação de imagens, mas relatou os acontecimentos assim como a prefeitura de Chacao, que denunciou que bancos foram danificados e tiveram vidraças quebradas e fachadas danificadas.

 O governo nacional também denunciou ataques à sede do canal estatal, Venezuelana de Televisão e ao prédio do Ministério dos Transportes. Com as manifestações, 12 linhas de metrô da capital foram suspensas no começo da madrugada de hoje.

 Neste cenário incerto, a troca de acusações continua entre governistas e oposicionistas. De um lado, o governo denuncia um plano golpista da extrema direita e acusa grupos “fascistas” de estarem provocando o caos. Do outro, a oposição insiste na existência de infiltrados, apoiados pelo próprio governo para responsabilizar os opositores.

 O oposicionista Leopoldo López, procurado pela polícia continuava foragido até a madrugada de hoje. De acordo com a imprensa a residência dele e a dos pais dele teriam sido revistadas por policiais após as 23h00 desse sábado.

 Mais cedo, a Mesa da Unidade Democrática, que reúne partidos de oposição, informou que 112 pessoas que estavam presas desde a última quarta-feira foram liberadas, mas que ainda havia pelo menos 47 jovens detidos em diferentes penitenciárias do país.

 

 

 

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