Campos será enterrado no túmulo do avô Miguel Arraes

O velório deve acontecer na sede do governo em Pernambuco

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Eduardo Campos morreu em acidente aéreo na quarta-feira, em SantosEduardo Campos morreu em acidente aéreo na quarta-feira, em Santos
Eduardo Campos morreu em acidente aéreo na quarta-feira, em Santos
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O corpo do ex-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, morto ontem (13) em um acidente aéreo, será enterrado no mesmo túmulo do avô Miguel Arraes - que também morreu em um dia 13 de agosto, há nove anos -, no cemitério de Santo Amaro, no Recife. A informação foi passada para a imprensa por representantes da família. Ainda não há previssões sobre o velório e a data do sepultamento. Ex-governador pernambucano por dois mandatos, Campos será velado no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado.

Desde o início da tarde de ontem, amigos, correligionarios e politicos têm prestado solidariedade à Renata Campos (viúva de Eduardo), Ana Arraes (mãe do ex-governador) e aos cinco filhos do casal, na casa da família, no Recife. Segundo pessoas próximas à família, apesar do clima de profunda tristeza, ninguém precisou ser medicado.

Imprensa internacional destaca a morte de Eduardo Campos

Desde que foi confirmada, a morte de Eduardo Campos foi destaque em diversos sites internacionais. Em notícia de capa, o espanhol El País ressalta que a morte do candidato do PSB à Presidência da República vai dar uma virada na corrida presidencial. Três horas depois da confirmação da morte de Campos em um acidente aéreo no município paulista de Santos, o britânico Financial Times ainda trazia na capa a foto do ex-governador e a afirmação de que sua morte vai alterar a dinâmica das eleições presidenciais brasileiras.

Enquanto isso, o espanhol El Mundo destacou no obtuário que o candidato, de 49 anos, buscava ser a cara da nova política brasileira. O jornal salientou que Campos procurava se mostrar como uma resposta à demanda dos eleitores que foram às ruas em manifestações em junho do ano passado e que tinha sangue político. O jornal frisou ainda que o ex-governador contava com grande apoio no Nordeste brasileiro e que suas propostas eram um meio termo entre as liberais da oposição e às mais ligadas à esquerda, do PT.

Já o argentino La Nación destacou que Campos foi aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na corrida presidencial, era adversário da presidenta Dilma Rousseff, que disputa a reeleição. O jornal destacou que Campos foi eleito governador de Pernambuco com mais de 80% dos votos. La Nación lembrou que Campos seguiu, desde jovem, os caminhos da política e que estava em terceiro lugar nas pesquisas para as eleições de outubro.

O americano The New York Times e o francês Le Monde informaram sobre o luto oficial de três dias decretado pela presidenta Dilma Rousseff e acentuaram o fato de o pequeno avião que levava o candidato ter caído em um bairro residencial de Santos, no litoral paulista. No acidente, morreram mais seis pessoas.

A Télam, agência pública de notícias da Argentina, destaca, em matéria de capa, que a morte de Eduardo Campos a 53 dias das eleições gerou grande comoção no mundo político e que o impacto da perda na disputa ainda não pode ser medido. A agência lembra que a morte do ex-governador de Pernambuco, terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, paralisou a campanha eleitoral no país.

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