Depois de conseguir autorização do Congresso dos Estados Unidos para enviar armas aos rebeldes sírios, parte da estratégia de neutralizar a milícia radical mulçumana autodenominada Estado Islâmico (EI), o presidente Barack Obama agradeceu, na noite dessa quinta-feira (18), a aprovação da emenda. Ele destacou a "rapidez" da votação - uma semana após o anúncio do plano - e manifestou satisfação ao falar em "união" de forças na política interna a três meses das eleições legislativas.
"Me alegra o fato de que a maioria dos republicanos e democratas tenha aprovado medida para lutar contra esses terroristas [EI]". Ele acrescentou que as ameaças "ao mundo e aos aliados dos Estados Unidos não irão mais dividi-los internamente".
O envio de armamento foi aprovado por 78 votos a favor e 22 contrários. Os senadores condicionaram a aprovação da emenda ao recebimento de um relatório trimestral sobre o treinamento e o número de armas enviadas aos rebeldes sírios.
O Senado também pediu que a gestão de Obama apresente relatório sobre a estratégia contra o Estado Islâmico. Além disso, os senadores questionaram o governo quanto ao envio de tropas americanas para combates terrestres. Isso porque, embora o presidente tenha dito reiteradas vezes que não enviaria tropas para terreno estrangeiro, o chefe das Forças Armadas do país contradisse Obama quando comentou, na última terça-feira (16), em audiência no Congresso, que o uso de tropas não estava descartado. Ontem à noite, Obama voltou a dizer que não enviará tropas americanas para combater no Norte do Iraque e na Síria.
No âmbito da política interna, o presidente conta com maioria democrata no Senado, mas na Câmara de Deputados, que aprovou a matéria na última quarta-feira (17), a maioria é republicana. Em novembro, o país terá eleições legislativas que poderão redefinir o cenário político de Obama, fortalecendo-o ou enfraquecendo-o em matérias nas quais necessite de apoio do Congresso.
Além de agradecer o apoio da maioria e da minoria na Câmara e no Senado, Obama elogiou a decisão tomada pela França de fazer ataques aéreos no Iraque contra o EI. “A França, que é um dos nossos aliados mais antigos e mais próximos, é um parceiro sólido nos esforços contra o terrorismo”, declarou o presidente.
Agência Brasil