O verão no Hemisfério Sul começa hoje (21), com um desafio particular para o Brasil. Pela primeira vez na estação, dengue e febre chikungunya circulam juntas pelo país. As doenças têm sintomas parecidos e são transmitidas pelo mesmo mosquito. Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia, Rodrigo Angerami, explicou como identificar os sinais de cada uma delas e as formas mais eficazes de prevenção.
Angerami lembrou que o que torna o verão mais vulnerável à ocorrência de surtos e epidemias é a sazonalidade das doenças. O comportamento do Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya, segundo ele, tende a se intensificar em períodos de temperaturas mais altas e de muita chuva.
Outro agravante, sobretudo no caso da febre chikungunya, é a circulação de pessoas em razão das festas de fim de ano e das férias escolares. “Muitos saem de um estado e acabam se deslocando para áreas onde o vírus já está circulando. Isso pode favorecer a introdução do vírus em outros estados a partir do regresso dessas pessoas”, explicou o infectologista.
Segundo Angerami, febre, dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite e dor no corpo são alguns dos sintomas compartilhados por ambas as doenças. O que diferencia a febre chikungunya da dengue é a dor nas articulações, que acomete o paciente de forma incapacitante. Já a dengue provoca complicações como o risco aumentado de hemorragias, queda da pressão arterial e acometimento dos órgãos e, por isso, exige cautela.
Com informações da Agência Brasil