Centenas de manifestantes se reúnem, neste momento, na frente da sede da Petrobras e também no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para participar do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, da Petrobras, da Democracia e da Reforma Política. A programação começa no início da tarde, com uma assembleia de professores estaduais no vão-livre do Masp e, às 15h, ocorre um ato na frente da Petrobras. Por volta das 16h, manifestantes de ambos os protestos vão se reunir para caminhar até a Praça da República, no centro da capital paulista.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 50 manifestantes estão neste momento no Masp e 150, em frente à Petrobras. Os organizadores esperam reunir cerca de 30 mil manifestantes, enquanto a PM estima a participação de 3 mil pessoas.
Em entrevista em frente à sede da estatal, o presidente da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Onofre Gonçalves, disse que o ato de hoje é contra o pedido deimpeachment da presidenta da República Dilma Rousseff, embora não seja uma ção contrária ao protesto marcado para domingo (15) no país.
“Nosso ato não é contra outro ato. Nosso ato é em defesa da soberania nacional e da Petrobras. Quem quiser falar contra isso, faça o ato no domingo”, destacou. “Se tem alguém querendo um terceiro turno, isso não está escrito na Constituição. A eleição brasileira é em dois turnos. Se alguém está esperando o terceiro deve esperar as próximas eleições”, acrescentou.
Segundo Gonçalvez, além da defesa da Petrobras, a ação reivindica uma reforma política no país, com o fim de financiamento privado de campanhas e a preservação de direitos trabalhistas: “É um ato dos trabalhadores e trabalhadoras em que nós reivindicamos, primeiro, que as Medidas Provisórias [que alteram benefícios trabalhistas e previdenciários] sejam revistas porque mexem em direitos e não queremos que se mexa em nenhum direito dos trabalhadores. Segundo, estamos também defendendo a Petrobras, que é uma das estatais do povo brasileiro, gerando milhões de empregos e não pode ser privatizada e fragilizada a ponto de servir aos interesses internacionais.”
Em assembleia, professores filiados ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) vão discutir a possibilidade de entrarem em greve. Os professores pedem, principalmente, aumento salarial de 75,33% para equiparação com as demais categorias do ensino superior.
O ato de hoje é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Nacional dos Estudantes (UNE), Federação da Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (FAF-CUT/SP), Movimentos dos Atingidos por Barragens (MAB), Consulta Popular, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP), Levante Popular da Juventude, Campanha do Plebiscito Constituinte, Movimento Nacional das Populações de Rua (MNPR), Fora do Eixo Mídia Ninja (FDE) e Marcha Mundial das Mulheres (MMM).