Os atrasos no repasse do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e as incertezas com relação à nova oferta de vagas para os próximos meses podem prejudicar cerca de 200 mil alunos que utilizam o programa no Rio Grande do Sul. Desde que foi criado, em 2011, a iniciativa já beneficiou 490 mil estudantes no Estado, segundo dados do Ministério da Educação (MEC).
As instituições gaúchas não recebem o repasse das verbas desde novembro de 2014. Existem escolas técnicas que tem mais de meio milhão de reais a receber por serviços já prestados. Novas turmas, que deveriam ter sido abertas em março, foram canceladas e a previsão é de que sejam ofertadas somente em julho, mas a confirmação depende da liberação de verbas pelo Governo Federal.
Diante do problema, o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) entregou um documento a deputados federais, senadores e ao Ministério da Educação na semana passada, alertando para a situação. “As instituições preocupam-se com a expectativa dos estudantes que necessitam desses programas para dar continuidade aos estudos, e com seu próprio planejamento econômico-financeiro, realizado no ano passado, que contou com esse recurso”, alerta o presidente da entidade, Bruno Eizerik. “Esperamos que o Pronatec não seja só promessa de campanha. É um programa de governo já institucionalizado para alunos, instituições de ensino e para a sociedade. É inaceitável que o governo interrompa o sonho de milhares de estudantes. Isto não é ação de uma Pátria Educadora”.
