O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e do Estado de São Paulo (MPSP) investigam as ofensas publicadas na página do “Jornal Nacional”, da TV Globo, no Facebook, à jornalista Maria Júlia Coutinho. Por meio da Coordenadoria de Direitos Humanos, o MPRJ solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o caso, com rigor, junto à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI).
"É inadmissível que, em pleno século 21, no terceiro milênio, o ser humano ainda aja dessa forma. Esses criminosos merecem punição exemplar para que tais ofensas não mais ocorram", justifica o procurador de Justiça Márcio Mothé, coordenador de Direitos Humanos do MPRJ.
A Coordenadoria de Direitos Humanos pede para que denúncias de racismo na internet sejam encaminhadas à Ouvidoria do MP, pelo telefone 127, pelo site ou por meio do atendimento pessoal na sede do Ministério Público (Av. Marechal Câmara, 370 – subsolo).
O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou Procedimento Investigatório Criminal para apurar prática de racismo e injúria qualificada contra a jornalista. A instauração foi feita de ofício, na sexta-feira (3), pelo Promotor de Justiça Criminal, Christiano Jorge Santos.
O promotor é especialista no tema, autor de livro sobre o assunto, e já presidiu investigações que levaram à condenação criminal de internautas racistas e neonazistas. O racismo é crime imprescritível e inafiançável. Já a injúria racial é punida com pena de reclusão de um a três anos.
As ofensas
A produção do telejornal publicou, na noite desta quinta-feira (02/06), uma foto da apresentadora diante do painel da meteorologia, com um link sobre a previsão do tempo para esta sexta-feira (03/06). Desde então, diversas mensagens ofensivas e de conteúdo racista têm sido direcionadas à repórter na rede social.
Fonte: Portal Brasil com informações do MPRJ e MPSP