PMs do Rio envolvidos em morte e farsa processual serão expulsos

A Justiça decretou a prisão preventiva dos cinco PMs, que estão no Batalhão Especial de Polícia e vão responder por farsa processual.

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O Secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, Mariano Beltrame, disse hoje (1º) que vai exigir agilidade no processo de expulsão dos cinco policiais militares envolvidos na morte de Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, ocorrida no Morro da Providência, na terça-feira (29). Os policias, que integram uma unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região, foram filmados por moradores colocando uma arma na mão de Eduardo, já baleado e estendido no chão, modificando a cena do crime. 

“Não há outro tipo de alternativa e de atitude a ser tomada a não ser colocá-los na rua de maneira rápida, através de um processo administrativo disciplinar”, declarou ele na manhã desta quinta-feira, em evento público na capital fluminense. “Essas pessoas não são dignas de participar de um programa [UPP] que está salvando vidas”.

O chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, informou que as divisões de homicídios passarão a analisar todos os autos de resistência no estado. A mudança, entretanto, será gradual. “A delegacia de homicídio hoje não assume esse tipo de ocorrência. Precisamos ainda ver a estrutura necessária para fazer isso, para não comprometer o padrão de trabalho da delegacia", explicou Veloso, ao mencionar a necessidade de mais contratações na corporação. “Tão logo tenhamos um quadro mínimo necessário para a delegacia de homicídios assumir isso, todas as divisões vão cuidar dessas ocorrências e acho que isso será um diferencial”.

A Justiça decretou a prisão preventiva dos cinco PMs, que estão no Batalhão Especial de Polícia e vão responder por farsa processual. Moradores fizeram protestos na noite de terça-feira e na manhã de quarta na entrada do morro e também durante o enterro do jovem, no cemitério São João Batista. A PM reforçou o policiamento na comunidade.

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