Saúde alerta viajantes para eliminação dos criadouros

Todos devem adotar as medidas de prevenção em casa para evitar a proliferação do mosquito antes de sair de férias. Essas ações ganham ainda o reforço de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde de todo o país.

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As medidas de combate ao Aedes aegypti devem ser reforçadas nas férias, período marcado por chuvas em muitos estados do país e com maior circulação de pessoas. Para reforçar a importância de eliminar os focos do mosquito, o Ministério da Saúde recomenda aos viajantes que, antes de saírem de suas casas, façam uma vistoria para eliminar os recipientes que possam acumular água parada e servir como criadouro do mosquito.

“Se hoje não temos uma vacina para o Zika, chikungunya ou dengue, ou alguma tecnologia inovadora pronta para ser utilizada imediatamente, a ação mais efetiva é eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti. Por isso, é importante fazer um grande apelo à sociedade: antes de sair de férias, descarte corretamente latas, garrafas, embalagens de presentes, todo e qualquer recipiente que possa acumular água parada. Casa vazia não pode servir de criadouro do mosquito. Dessa maneira, com a ajuda de governos federal, municipal e toda a população, vamos fazer uma grande mobilização nacional para combater o mosquito”, reforçou o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi.

O ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias. Por isso, mesmo em uma viagem curta, é preciso estar atento. Um balde esquecido no quintal ou um pratinho de planta na varanda do apartamento, após uma chuva, podem facilmente se tornar um foco do mosquito e afetar toda a vizinhança. É importante verificar se a caixa d’água está vedada, a calha totalmente limpa, pneus sem água e em lugares cobertos, garrafas e baldes vazios e com a boca virada para baixo, entre outras pequenas ações que podem evitar o nascimento do mosquito.

Os ovos do mosquito podem ficar aderidos às laterais internas e externas dos recipientes por até um ano sem água. Se durante este período os ovos entrarem em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça e, consequentemente a transmissão. Por isso, é necessário lavar os recipientes com água e sabão, utilizando uma bucha. Não importa se você mora em casa ou apartamento, o mosquito Aedes aegypti pode encontrar um recipiente com água parada para depositar os ovos e se reproduzir. São suficientes 15 minutos por semana para fazer a vistoria em toda casa e eliminar todos os possíveis focos do mosquito.

O secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, reforçou a importância da manutenção das doações de sangue, especialmente para a permanência dos estoques de todo o País, em particular no período de férias, quando há maior demanda por transfusões. O secretário também destacou as recomendações para triagem clínica dos possíveis doadores nos hemocentros, com a intensificação das perguntas sobre a ocorrência de doenças recentes e sintomas que possam indicar infecção, inclusive pelo vírus Zika.

O Ministério da Saúde, além do reforço do questionário, orienta ainda que os doadores não deixam de informar, até sete dias depois, de ocorrência de sintomas que possam indicar alguma doença para a busca ativa de informações clínicas e laboratoriais de possíveis receptores. “O Ministério da Saúde está agindo preventivamente, reforçando as orientações aos hemocentros e pedindo para a população continuar com as doações de sangue, principalmente nessa época do ano quando ocorre uma tendência de queda nas doações”, ressaltou Beltrame. 

 Com informações do Ministério da Saúde

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